Nos últimos dez anos, mais de 425 mil brasileiros foram internados para tratamento de tromboses venosas; mulheres são maioria

Algumas profissões exigem que colaboradores fiquem por horas sentados na mesma posição, como serviços realizados em escritórios, bancos, administrativos, tecnologia, big techs e também quem exerce home office. Porém, ficar muito tempo na mesma posição pode trazer problemas graves à saúde, seja no ambiente corporativo ou mesmo no momento de lazer, como viajar de avião por horas.

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), realizou um levantamento e o cálculo aponta que, todos os dias, em média 113 pessoas são internadas na rede pública para tratar o problema de trombose venosa. Mas com a mudança do estilo de trabalho dos brasileiros, nota-se uma preocupação principalmente com as mulheres, já que a grande maioria que trabalha em escritórios usam salto alto.

As pessoas do sexo feminino têm mais chances de ter um quadro de trombose do que os homens, principalmente no período entre a primeira menstruação e a menopausa. Ou seja, a porcentagem de mulheres, especialmente as jovens, que apresentam trombose é maior em relação ao sexo oposto.

A trombose é causada por um coágulo sanguíneo que pode bloquear ou prejudicar o fluxo de sangue na região, sobretudo as pernas. As principais causas do problema são alterações na coagulação, imobilidade prolongada ou lesão nos vasos sanguíneos. O uso de anticoncepcionais, cigarro e histórico familiar são alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de tromboses venosas.

Para Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, enfatiza que “quando falamos de problemas ergonômicos que desencadeiam trombose, é interessante manter algumas práticas ativas, principalmente em ramos e áreas em que os colaboradores passem muito tempo sentados, como nos escritórios. É recomendável que as companhias disponibilizem apoio para os pés, para que haja circulação sanguínea. Quando olhamos para as fábricas, a situação muda, sendo necessário a disponibilização de tapetes ergonômicos e bancos para a alternação de posição”, explica.

O investimento em aparelhos ou acessórios nos escritórios tem auxiliado na diminuição de afastamento de colaboradores nas empresas. São eles:

Apoio de pé: Um apoio para os pés é um pouco diferente porque, provavelmente, em seu espaço de trabalho atual, os pés de todos estão no chão. Os apoios permitem que os pés repousem totalmente na posição sentada e criam a posição ideal para reduzir lesões ergonômicas, como dores crônicas nas costas.

Liberação para caminhada: O ideal é programar o celular para que a cada duas horas, o colaborador levante, caminhe pelo ambiente por alguns minutos para exercitar a circulação e ai sentar novamente.

Ginástica Laboral: Muitas empresas e escritórios têm incentivado os colaboradores a movimentar-se ao menos duas vezes por semana, antes de iniciar as atividades. Com o retorno do trabalho presencial em muitos escritórios é importante que os mesmos se exercitem, evitando assim outros problemas como cardiovasculares e de pressão arterial.

Reflexologia podal: Sessões semanais de reflexologia podal nas empresas também têm ajudado principalmente mulheres, adultas a ter uma circulação melhor e alivio inclusive de outros problemas relacionados à circulação, como vasinhos e varizes.

“Enquanto as fábricas mantinham uma alta taxa de incidência de doenças ergonômicas no passado, hoje os escritórios observam seus números aumentarem muito pelo home office. Para que a empresa consiga manter uma boa qualidade de vida no ambiente de trabalho, a disponibilização de ferramentas ergonômicas é apenas um dos passos, como a fiscalização contínua desses equipamentos e a instrução de sua utilização por meio de palestras preventivas”, reforça o especialista.

A ingestão de água durante o dia é outro fator importante para evitar problemas, o aconselhável é o consumo diário de 2,5L por dia. “Manter-se hidratado é fundamental para um bom funcionamento do organismo por completo. As empresas estão implantando bebedouros e incentivando os colaboradores quando admitidos com squeezes personalizados de presente. Uma forma de garantir que o consumo de água aumente de forma agradável e natural”, explica.

Hábitos comuns e nada saudáveis como fazer um lanche na mesa do trabalho, pode dobrar os riscos de trombose profunda. Essa é a conclusão de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Médica da Nova Zelândia. Os dados são do jornal Daily Mail. Outro estudo afirma que três em cada jovens que fazem refeições em frente ao computador e que deixam de lado a pausa para esticar as pernas, após 90 minutos de imobilidade, o fluxo de sangue para a veia atrás do joelho cai em 50% aumentando os riscos de problemas vasculares e trombose.

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