Especialista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina, explica como funciona a doença

Segundo um levantamento recente do Google, de 2023, ‘sinusite’ é uma das palavras mais buscadas na rede mundial de computadores, ocupando a sexta colocação na categoria ‘saúde’. Mas afinal, por que os brasileiros tem tanto interesse sobre a sinusite?

A sinusite crônica afeta aproximadamente 15% da população brasileira, sendo que crianças de até sete anos podem ter cerca de 10 crises ao ano. De acordo com o médico otorrinolaringologista Cássio Iwamoto, do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referência do segmento na América Latina, entender qual tipo da sinusite afeta o paciente é fundamental para o diagnóstico e tratamento correto.

“Sinusite, ou Rinossinusite, é uma condição em que existe inflamação do nariz e dos seios da face. Quando a inflamação é restrita apenas ao nariz, chamamos de rinite. Os principais sintomas da rinossinusite são obstrução nasal ou congestão nasal, dor facial ou na cabeça, secreção espessada e/ou amarelada, alteração de olfato, tosse, dor de garganta e eventualmente febre”, explica o médico.

As sinusites são classificadas como agudas ou crônicas com base no tempo de duração dos sintomas apresentados pelo paciente. “Quando os sintomas persistem por menos de três meses, chamamos de sinusite aguda. Já acima desse período, é considerada sinusite crônica”, explica.

A maioria dos casos de sinusite aguda é causada por viroses que afetam o nariz e a garganta, como resfriados, gripes e COVID-19. “Geralmente é aquela gripe mal curada, que persiste por mais de 10 dias”, diz. No entanto, a sinusite aguda pode se manifestar também com dor intensa e febre, durando mais de cinco dias. O diagnóstico é feito com base nos sintomas nasais, na duração dos sintomas e na endoscopia nasal.

“A sinusite aguda frequentemente está associada a uma infecção bacteriana. Por isso, geralmente antibióticos prescritos funcionam. Outras medicações, como corticoides nasais ou orais, analgésicos, lavagem nasal e, eventualmente, antialérgicos também fazem parte do tratamento. Raramente a cirurgia se faz necessária”, diz o especialista.

Já na sinusite crônica, os sintomas persistem por mais de três meses, quase continuamente, com poucos períodos de alívio. A endoscopia nasal geralmente revela inchaço na região de drenagem dos seios da face, secreção e presença de pólipos nasais.

“O tratamento da sinusite crônica começa com o uso de antibióticos, corticoides nasais e lavagem nasal. No entanto, uma grande parte dos pacientes não responde de forma satisfatória a essas intervenções. Nesses casos, a cirurgia é oferecida como uma opção, visando a cura ou um controle mais eficaz da condição. Para casos em que a cura completa não é alcançada, recomendamos a continuidade do tratamento com lavagem nasal, corticoides e antibióticos”, completa o Dr. Iwamoto.

 foto: divulgação

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