Estudos apontam a influência que o ambiente hospitalar causa na recuperação de seus pacientes. Empresa paranaense acredita que parâmetros construtivos no segmento de saúde podem reduzir tempo de internação e salvar vidas.
Novas regras para um novo mundo. A sustentabilidade passou a ser considerada uma prioridade estratégica para executivos de todo o mundo. Segundo o maior estudo do segmento, publicado pela United Nations Global Compact e pela Accenture Sustainability Services, líderes empresariais revelaram que o compromisso com questões ambientais está mais forte do que nunca: 93% dos CEOS veem a sustentabilidade como estratégica para o êxito da empresa. Além de revelar uma mudança radical na mentalidade desde 2007, quando o assunto ainda era pouco cogitado no planejamento das empresas, o mundo corporativo está caminhando para a compreensão de que as lideranças precisam tirar a sustentabilidade do discurso e preparar um ambiente melhor para as futuras gerações.
O Brasil é o quarto país com a maior área certificada LEED, sem considerar os Estados Unidos, no ranking mundial de construções verdes segundo relatório do United StatesGreen Building Council (USGBC), divulgado em 2018, com cerca de 530 projetos certificados. Disposto a alavancar esse número, o empresário Ricardo Cansian, diretor da RAC Engenharia, empresa paranaense com foco em construção – que despertou para o tema da sustentabilidade relativamente cedo, em meados de 2010 – não tem medido esforços para semear a importância do assunto entre seus clientes. Recentemente, em setembro de 2020, a empresa presenteou o Hospital Erastinho, o primeiro hospital oncológico do sul do Brasil, com uma dupla certificação internacional inédita, que alça o hospital à condição de Green Hospital com a associação do LEED for Healthcare e WELL Building, selos que atestam o menor impacto ambiental nos serviços, que otimizam recursos na operação do edifício, visando práticas sustentáveis e promovem bem-estar e saúde para os usuários.
“Apesar do nosso know-how no segmento de saúde, que enfatiza nossa capacidade de construir edificações complexas em tempo recorde (Hospital de Emergência dedicado a casos graves de Covid-19 e Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19, ambas para Fiocruz-RJ) concretizar o Erastinho nos deu a oportunidade de aliar nossos conhecimentos de engenharia e sustentabilidade neste hospital tão querido e respeitado pela população paranaense. Tivemos condições de estabelecer parâmetros construtivos que podem contribuir para salvar vidas. Isso não tem preço”, argumenta o empresário.
De acordo com Cansian, os padrões por trás da WELL, certificação que representa uma evolução dos selos de sustentabilidade, especialmente porque tem foco na experiência do ser humano, envolvem sete anos de pesquisa envolvendo cientistas, médicos e arquitetos. “Diversos estudos apontam a influência que o ambiente hospitalar causa na recuperação de seus pacientes e, em muitos casos, os aspecto visual da edificação, a aplicação do conceito de biofilia, os quartos com iluminação natural e a qualidade do ar são aspectos que possibilitam a canalização da energia para a resposta ao tratamento”, justifica o diretor presidente da RAC.
Sobre o LEED for Healthcare, criado pelo USGBC, um nível que tem um olhar ainda mais criterioso para a qualidade dos espaços, vem sendo objeto de estudo de muitos pesquisadores sobre os efeitos que os edifícios provocam nas pessoas. Afinal de contas, dedicamos a maior parte de nossa vida nesses ambientes. “É natural que essa certificação, seja ainda mais valiosa para instalações hospitalares aonde o conforto dos usuários ganha um peso ainda maior”, justifica.
Educar com qualidade
Mas se a saúde é um dos principais pilares da sociedade, o que dizer da educação? No portfólio de obras da RAC, algumas escolas se destacam. É o caso da Unidade de Ensino Senac, que foi reconhecida em 2016 como a primeira escola Leed Platinum do Brasil e o Centro de Educação Profissional Dr. Celso Charuri, que em 2019 alcançou a versão mais recente da certificação americana. “Estamos investindo na construção de endereços melhores e mais aprimorados para as gerações futuras. Entendemos que as pessoas mais jovens são fortemente impactadas pelo desejo de propósito e legado e essa condição também faz parte do DNA da RAC. Queremos contribuir com nossa expertise para essa onda de construções eficientes, com parâmetros de qualidade elevado, que ofereçam baixa manutenção e que melhore a vida das pessoas”, explica Cansian.
Tripé que merece atenção
Portanto, seja para melhorar a sua imagem ou suprir uma exigência do mercado globalizado ou, ainda, simplesmente, porque sua empresa entende que a gestão ambiental é motivo suficiente para adaptar a sua realidade, entender as possibilidades da cadeia de negócios sustentáveis é assunto urgente.
O conceito Triple Bottom Line, também conhecido como Tripé da Sustentabilidade (Planet, Profit e People), instituído em 1990 pela organização não governamental internacional SustainAbility, orienta as organizações a buscar resultados mensuráveis e tangíveis, que tratem os aspectos ambientais, econômicos e sociais de forma integrada.
“Acredito que as empresas querem ser avaliadas pela régua mais alta e investimentos em processos mais eficientes e menos prejudiciais ao meio ambiente são primordiais para contribuir com o planeta e a sociedade de uma forma geral, sem deixar de lado a redução de custos”, conclui.
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