Fisioterapeuta explica como a queda de temperatura impacta músculos e articulações e o papel do pilates e da fisioterapia preventiva na melhora da qualidade de vida
Com a chegada do outono, muitas pessoas percebem um aumento nas dores musculares, articulares e na sensação de rigidez corporal. A queda das temperaturas e a maior incidência de dias úmidos afetam diretamente o sistema musculoesquelético, principalmente em pessoas que já têm alguma predisposição, como idosos, sedentários ou quem convive com doenças como artrite, artrose e fibromialgia.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 30% da população acima dos 50 anos relata piora nas dores crônicas durante os meses mais frios. A explicação é fisiológica: com o frio, há uma tendência à vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos se contraem, diminuindo o fluxo sanguíneo para músculos e articulações. Isso reduz a oxigenação dos tecidos, trazendo percepção de mais dor e enrijecimento muscular.
Segundo a fisioterapeuta Luciana Geraissate, especialista em pilates e em fisioterapia preventiva, o corpo humano responde ao frio de forma instintiva, como se estivesse se protegendo: “Sem perceber, tencionamos mais os ombros, encolhemos o pescoço e diminuímos o ritmo dos movimentos. Esse comportamento acaba gerando acúmulo de tensão muscular, que pode ser evitado com uma rotina preventiva de cuidados com o corpo. Essa tensão é reflexo de um padrão motor instintivo (não necessariamente patológico) e que pode ser modulado com autoconsciência e movimento”, afima.
O papel da fisioterapia preventiva
A fisioterapia preventiva atua antes que a dor se instale, com o objetivo de manter a mobilidade, fortalecer músculos de forma equilibrada e promover consciência corporal. “É muito comum as pessoas procurarem o fisioterapeuta só quando a dor já está limitando os movimentos. Mas com a prevenção, é possível além de evitar lesões, a fisioterapia preventiva melhora a função e reduz a hipersensibilidade em quem já sente dor, mesmo em ausência de lesão ativa, além é claro de melhorar o desempenho físico no dia a dia e até reduzir o risco de quedas em idosos”, explica Luciana.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que entre 20% e 33% das pessoas com mais de 60 anos caem ao menos uma vez por ano – e o enfraquecimento muscular é um dos fatores mais relevantes nesses casos.
Além dos atendimentos convencionais, Luciana também utiliza o pilates como ferramenta terapêutica: “O pilates clínico é uma excelente estratégia para as estações mais frias, pois combina alongamento, respiração e fortalecimento em uma prática segura, que respeita os limites do corpo e melhora a flexibilidade e a circulação”, destaca a especialista.
Ela recomenda que a população se mantenha ativa durante o outono, com atenção especial para o aquecimento antes de qualquer atividade e alongamentos diários. “Ouvir o próprio corpo, não deixar o sedentarismo se instalar e investir em uma rotina de cuidados com um profissional qualificado são atitudes que fazem toda a diferença para atravessar essa estação com mais conforto e bem-estar”, finaliza.
Sobre Luciana Geraissate
Luciana Geraissate é fisioterapeuta com mais de 15 anos de experiência e fundadora da clínica que leva seu nome, em São Paulo. Especialista em fisioterapia, pilates clínico e reeducação postural, ela atua com foco na prevenção e no tratamento de dores musculoesqueléticas, oferecendo atendimentos personalizados e humanizados.
Luciana acredita no movimento consciente como pilar fundamental para uma vida saudável e longeva. Em sua clínica, atende pessoas de todas as idades, com foco em bem-estar, alívio da dor, melhora da postura e aumento da funcionalidade. Seu diferencial está na escuta ativa, na análise detalhada de cada corpo e na criação de protocolos terapêuticos baseados em ciência e resultado. Também ministra cursos e palestras sobre autocuidado e fisioterapia preventiva.
Saiba mais em: www.lucianageraissate.com.br