Empresas estão investindo em tecnologia, higienização dos veículos e na adequação de preços das passagens pós pandemia

Na expectativa do abrandamento da crise gerada pela pandemia da Covid-19, com redução das medidas de isolamento social e consequente liberação das viagens em todos os estados e municípios, as empresas de ônibus rodoviário interestadual e internacional de passageiros se movimentam para retornar à normalidade. No momento o transporte está operando para atender somente às demandas essenciais.

Enquanto aguarda a retomada das viagens, o setor regulado se prepara para oferecer um transporte rodoviário ainda mais seguro e eficiente, especialmente enquanto perdurarem os riscos de transmissão do coronavírus. Por essa razão, estão investindo ainda mais na higienização dos veículos e também dos locais de atendimento ao cliente. “Queremos que o passageiro se sinta seguro ao retomar a agenda de viagens para realizar seus deslocamentos necessários de trabalho, estudo, especialmente os clientes que trabalham em serviços essenciais”, esclarece Letícia Pineschi, conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI), entidade que representa o setor no país.

Segundo Letícia, nas garagens, a cada viagem os ônibus são higienizados por dentro e por fora. A limpeza interna é feita em todas as superfícies e realizada com composto químico apropriado. Nos banheiros, o descarte de dejetos segue normas sanitárias rígidas e os reservatórios de água e sabão estão sempre abastecidos.

Os dutos de ar condicionados também são limpos e trocados periodicamente. “Esse cuidado redobrado com esses itens durante e pós pandemia faz toda a diferença para quem optar pelo transporte regulado, porque justamente nesse período o transporte clandestino se aproveita para ocupar espaço, mas sem a menor condições de oferecer a mesma segurança de higiene e limpeza dos veículos como as empresas de viagens regulares”, alerta Letícia.

Para reforçar as medidas de higienização e dar maior segurança a colaboradores e passageiros, na proteção contra o vírus, as empresas disponibilizam álcool em gel para funcionários e clientes e estimulam o uso dos equipamentos de proteção individual para motoristas e pessoal de atendimento presencial ao passageiro, assim como informação e cuidados sobre o descarte correto destes equipamentos e o uso de tecnologias de desinfecção complementares, como o ozônio.

As empresas também vêm estimulando o uso de máscaras de pano – reutilizáveis para evitar o descarte incorreto e o lixo contaminado. Também fazem monitoramento constante da equipe para evitar o contágio, orientando para o uso de máscaras caseiras, que geram menos impacto ao meio ambiente. “Todos esses cuidados demonstram o quanto a segurança e a confiança dos passageiros são importantes para o retorno gradual à vida normal”, reforça a conselheira da Abrati.

Preços

Para garantir o acesso às viagens neste momento de crise até o retorno à rotina normal, as empresas estão promovendo a adequação dos preços das passagens à realidade da renda do mercado consumidor.

Desde o início dos casos de Covid -19 todos os processos de rotina foram reforçados imediatamente, com providências para suprir locais de embarque com álcool em gel e adoção de outras medidas, como o afastamento dos funcionários de grupos de risco, que foram preservados dos ambientes coletivos.

Além disso, o setor foi um dos primeiros a se colocar à disposição do Ministério da Saúde para compartilhar toda as informações sobre a doença e promover as ações de combate. Também ofereceram apoio ao Ministério da Infraestrutura, disponibilizando frota para o transporte de insumos e de trabalhadores da área médica.

Em números, o segmento rodoviário regular de transporte terrestre de passageiros representado pela Abrati compreende cerca de 80% do serviço realizado no país. É também o responsável pela geração de 60 mil empregos diretos, sendo 15 mil só para motoristas. Por ano, o setor transporta mais de 50 milhões de passageiros e emite em média 2,2 milhões de passagens, além da oferta de 4,8 milhões de gratuidades ao ano.

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