Os cosméticos veganos ajudam a hidratar, retardar sinais de envelhecimento e fazer tudo aquilo que os convencionais fazem, mas sem utilizar produtos de origem animal
O crescimento dos cosméticos veganos pode ser explicado por um comportamento muito comum do consumidor atual, principalmente os millenials e Geração Z. “Os consumidores se preocupam cada vez mais com o impacto ético e ambiental de suas compras. O veganismo possui muita força no setor alimentício, entretanto, a preocupação dos consumidores também está se estendendo para outros setores, como o de moda e beleza. Não há nenhuma definição oficial para cosméticos veganos, mas esses produtos normalmente são classificados como cosméticos que não possuem ingredientes de origem animal (carne, aves, peixe, ovos, laticínios, mel, própolis, geleia real, entre outros), nem subprodutos de animais (tais como corantes de insetos, seda etc.) e que também não são testados em animais (ingredientes e produto finalizado)”, explica Maria Eugênia Ayres, farmacêutica e gestora técnica da Biotec Dermocosméticos. “Os benefícios dos cosméticos veganos são os mesmos que os tradicionais. Isso, se pensarmos nos cuidados da pele, cabelo e aparência. Os cosméticos veganos ajudam a hidratar, retardar sinais de envelhecimento e fazer tudo aquilo que os convencionais fazem, mas sem utilizar produtos de origem animal. Para isso, utilizam equivalentes químicos e vegetais, garantindo os cuidados da pele e da beleza”, garante Maria Eugênia.
Segundo a especialista, no entanto, é necessário destacar sempre que cosméticos veganos e naturais são coisas distintas. “Esses posicionamentos podem ser usados ao mesmo tempo, mas isso não quer dizer que são a mesma coisa. Um produto pode possuir ingredientes totalmente sintéticos e ser classificado como vegano, por exemplo. Um produto vegano não necessariamente está livre de produtos sintéticos como conservantes, sulfatos, petrolatos, etc”, diz Maria Eugênia. Mas isso não quer dizer que esse tipo de produto não valha a pena. “O skincare vegano vale a pena para quem busca o fim da crueldade com os animais, o desejo de ver a diminuição do aquecimento global (mais ligado à indústria alimentícia), a ânsia de ser mais saudável, entre outros”, destaca Maria Eugênia.
A farmacêutica explica que, hoje, no mercado cosmético, há inúmeros ativos para o rejuvenescimento que são considerados veganos – e são referência em ação rejuvenescedora e pró-idade. “O ácido hialurônico de baixo peso molecular vetorizado pelo Silício Orgânico Hyaxel®, por exemplo, é um ativo vegano obtido através de biotecnologia. Além da máxima ação hidratante, ele intensifica a renovação epidérmica (efeito retinoic-like) e aumenta o sistema de defesa da pele, combatendo reações inflamatórias. Hyaxel®, inclusive, é um poderoso aliado contra os efeitos do estresse na pele. Ele age a nível epidérmico para reduzir o impacto dos efeitos do cortisol, que, quando elevado, prejudica a proliferação e a diferenciação celular e o crescimento dos queratinócitos, levando à atrofia da epiderme e ao enfraquecimento da barreira cutânea. Então, o Hyaxel® fortalece a função de barreira da pele, aumentando a proteção contra agressores externos”, diz Maria Eugênia.
Outra aposta no skincare vegano é o ingrediente Superox C®, um extrato de ameixa de Kakadu australiano, maior fonte de vitamina C. “Superox C® contém grande quantidade de polifenóis, como os ácidos gálico e elágico. Ele reforça o sistema de defesa da pele contra o estresse oxidativo e aumenta a produção de colágeno, ácido hialurônico e aumenta o transporte de vitamina C”, conta a farmacêutica. Hyaxel® e Superox C® podem ser combinados como uma estratégia poderosa de ação pró-idade.
Para alterações de pele como as olheiras, também há ativos veganos encontrados na farmácia de manipulação. É o caso de Aldavine 5X®, uma combinação de dois polissacarídeos (galactanos e fucanos) oriundos de algas. “O ativo reduz o aparecimento de olheiras e reduz o inchaço da área dos olhos”, diz a farmacêutica. Outra novidade é a ação rejuvenescedora profunda, atuando nos telômeros, por meio de Telodormin®, um extrato derivado de Bulbos dormentes de Narcissus tazetta. “Este ativo promove a modulação de fibroblastos senescentes (envelhecidos), preservando o comprimento dos telômeros, retardando o envelhecimento cutâneo. Em outras palavras, Telodormin® é capaz de desacelerar o encurtamento dos telômeros, o que está diretamente relacionado ao processo de envelhecimento”, destaca a farmacêutica.
Maria Eugênia enfatiza que além da ideologia vegana, há algumas vantagens adicionais. “Se pensarmos nas vantagens para os animais, os produtos veganos são extremamente benéficos. Isso porque ao não utilizarem tais ingredientes, eles não estão causando danos a nenhum tipo de animal. Outro ponto é que ao não utilizarem produtos animais, eles não incentivam o desmatamento para a criação de gado e outros tipos de rebanhos”, acrescenta. Mas vale um alerta: “O risco de alergia existe sim. Não é porque um produto é vegano, que ele será hipoalergênico. Existe uma diferença entre estes termos. Hipoalergênico significa que um produto contém poucas substâncias produtoras de alergia conhecidas como alérgenos. Já o produto vegano é o produto que não contém ativos de origem animal e que não foram testados em animais”, finaliza.
FONTE:
*BIOTEC DERMOCOSMÉTICOS: Biotec Dermocosméticos disponibiliza às farmácias magistrais, à área dermatológica e de medicina estética os mais modernos e inovadores conceitos de beleza e matérias-primas. A empresa busca associar às tendências mundiais à realidade do consumidor brasileiro, cada vez mais exigente e sedento por novidades que ofereçam qualidade de vida e bem-estar. Instagram: @biotecdermocosmeticos