*Por Francine Catelão
É fato que as compras online estão cada vez mais próximas do consumidor. O fechamento das lojas e a impossibilidade de se deslocar para fazer compras aceleraram ainda mais esse processo, que já vinha em alta e foi intensificado com o isolamento social. No ano passado, o faturamento do e-commerce teve alta de 41%, conforme o levantamento da Webshoppers (Ebit/Nielsen & Bexs Banco)
Notadamente o varejo está mais tecnológico, as pesquisas já haviam apontado essa tendência, que cresceu significativamente nos últimos meses, certamente em função da pandemia, que impôs o fechamento de todo o comércio. No ano passado, 69% dos varejistas investiam em transformação digital, em março deste ano esse número subiu para 90%, conforme aponta o estudo Transformação Digital no Varejo, da SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Isso é positivo, pois garante que empresas de todos os portes se destaquem no mercado, afinal, um negócio que ocupa uma garagem, por exemplo, estando no online pode atender clientes de qualquer parte do país, ou do mundo, com praticamente a mesma agilidade daquela companhia com um gigante parque industrial.
Nesse cenário de “iguais” vai se destacar quem oferecer melhores experiências, tanto para o consumidor, quanto para o parceiro vendedor. O consumidor quer facilidades em suas compras; qualidade do produto; navegação fácil, intuitiva; agilidade na entrega; experiências diferentes e, dentre outros, bom relacionamento, antes, durante e depois da compra.
Na outra ponta, quem procura um site para vender seus produtos também precisa de facilidades que passam pela exposição do produto; integração de seu estoque com o site; baixos custos; ferramentas de e-commerce, como estruturação e chat e, dentre outras possibilidades, mailing de possíveis compradores.
Tudo isso torna a experiência de compra online, para quem compra e para quem vende, quase irresistível, agora, respondendo a minha pergunta: o comércio físico vai acabar? Mesmo diante desse cenário, penso que não, acredito na força que a loja física e a loja online possuem juntas. Apesar de tudo o que elenquei, dando ampla vantagem para o negócio online, a loja física tem um ponto muito importante a seu favor: a experiência sensorial e o relacionamento humanizado que não se tem na loja online assim, acredito que num futuro bem próximo, os donos de lojas, de todos os segmentos, atuarão com vendas presenciais e online.
Francine Catelão é CCO – Desenvolvimento do Cliente do houpa!, startup de compra e venda de roupas em atacado via plataforma e aplicativo para o mercado de moda atacadista brasileiro.