A reabertura conta com a exposição temporária São Paulo pelas Lentes de Guilherme Gaensly
A partir do dia 01 de julho (quinta-feira), o Museu da Energia de São Paulo, administrado pela Fundação Energia e Saneamento, estará de portas abertas ao público. A reabertura conta com o lançamento da mostra “São Paulo pelas Lentes de Guilherme Gaensly”, que traz as fotos icônicas do Acervo Fundação, o mais relevante em fotografia, com negativos em vidros e uma variedade de imagens da época. Contratado pela Light, Gaensly registrou as obras e instalações dos bondes elétricos e as transformações da cidade.
No Museu da Energia de São Paulo os visitantes têm a oportunidade de resgatar toda a memória da chegada da energia elétrica no estado mais populoso do Brasil e como essa transformação alterou a vida dos moradores. Considerando a história da eletricidade como ponto de partida, com a instalação da companhia de energia Light em 1899, o rico acervo do Museu mostra e guarda as lembranças daquele período, com uma linha do tempo que apresenta os marcos do setor energético do estado de São Paulo, as informações sobre a Henry Borden e imagens de outras usinas hidrelétricas. A expansão da energia elétrica, através dos bondes elétricos e da iluminação pública, foi influente para diversas áreas e trouxe adaptações para a arquitetura da cidade.
No andar térreo da unidade museológica, fica exposta uma relíquia do Teatro Municipal de São Paulo, o primeiro teatro eletrificado do município. Os modelos em madeira utilizados para a fundição em ferro e bronze dos postes ornamentais da escadaria do teatro foram entalhados por Affonso Adinolfi, diretor técnico e professor de escultura em madeira do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Duas salas da unidade museológica trazem uma comparação do passado e do presente dentro das residências, por meio de um acervo de eletrodomésticos – luminárias, ferros de passar roupa, fogões e máquinas de lavar, que mostram a modernização da da vida cotidiana da cidade.
“É um ponto que chama muita atenção de um público bem específico. As pessoas, principalmente com mais de 40 anos, passam bastante tempo nessas salas, porque tem essa comparação do antigo com o mais novo. Então eles sempre ficam um tempo considerável ali, observando e tirando fotos”, comenta Suelen Barcelos, educadora do Museu da Energia de São Paulo.
Além do acervo, as instalações expositivas são um grande destaque do local, como a sala Espaço das Águas, que reúne vídeos, gráficos, textos e um totem, que mostra como era feita a distribuição de água no estado de São Paulo. É possível ver ainda como aconteceu a evolução até o momento em que a água chega às casas das pessoas, com um mapa que mostra como é feito esse fornecimento atualmente.
O Museu também apresenta o histórico da energia eólica, que faz parte das temáticas abordadas nas visitas mediadas do local em tempos não pandêmicos. No acervo, guardam as hélices produzidas pelo engenheiro Catullo Branco, que eram parte dos experimentos que ele fazia na década de 30, não só no estado, mas no interior de São Paulo e no Brasil inteiro. Nas abordagens, exploram sobre os campos eólicos existentes, as problemáticas e os pontos positivos desse tipo de fonte de energia.
Além de seus espaços interativos, o Museu da Energia de São Paulo é também um lugar para a manifestação artística e socialização com seus parceiros e visitantes e tem um espaço de grafite para visitação. Com curadoria da produtora cultural Mônica Martins, artistas grafiteiros fizeram a galeria do grafite em 2018, retrataram murais com imagens e obras que se relacionam com a temática do espaço. A ideia é expandir cada vez mais a street art na unidade.
Também em 2018, o museu foi premiado dentre 137 museus pelo Edital de Modernização de Museus – promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus – Ibram. Com esse recurso, construíram uma horta comunitária em parceria com a Fundação Mokiti Okada , espaço inspirado no modelo da Horta de Medicina da USP, com cisterna e composteira. Na plantação foram semeadas verduras, ervas e PANCs (Plantas Alimentícias não convencionais), como ora-pro-nobis, capuchinha, taioba e peixinho. Em 2019, o local era utilizado para atividades educativas com o público externo, como os idosos atendidos pelas UBSs e visitantes. Os alimentos cultivados foram distribuídos entre funcionários, visitantes e alguns parceiros da instituição, como o Sesc e a cozinha comunitária da ocupação 9 de julho.
Serviço
Museu da Energia de São Paulo
Endereço: Avenida Cleveland, 601 – Campos Elíseos, São Paulo
Informações pelos telefones (11) 3224-1489 ou pelo e-mail saopaulo@museudaenergia.org.br
Agendamento de visitas pelo site: https://bit.ly/VisitaMuseuEnergiaSaoPaulo
Funcionamento: Quinta à Sábado
Horários disponíveis: 11h e 14h – grupos de até 5 pessoas
Ingresso: R﹩ 4,00 e (Gratuito aos sábados)
Meia-entrada: Estudantes, pessoas com deficiência e um acompanhante, jovem de baixa renda com ID Jovem.
Importante: O Museu da Energia e sua rede prezam pela segurança e saúde dos visitantes e colaboradores. Sendo assim, cada unidade possui um protocolo de reabertura, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de órgãos brasileiros de saúde pública.
Sobre a Fundação Energia e Saneamento
Desde 1998, a Fundação Energia e Saneamento pesquisa, preserva e divulga o patrimônio histórico e cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias regiões do Estado de São Paulo por meio das unidades do Museu da Energia (São Paulo, Itu e Salesópolis), realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais, trabalhando nos eixos de história, ciência, tecnologia e meio ambiente.
EMPRESA MANTENEDORA DA FUNDAÇÃO ENERGIA E SANEAMENTO
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Comgás – Companhia de Gás de São Paulo
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