Liga Brasileira de Epilepsia – O impacto da depressão em pacientes com epilepsia e os avanços no tratamento com psicoterapia e medicamentos

O tratamento do transtorno com psicoterapia é eficaz? Um estudo concluiu que sim. Uma pesquisa demonstrou que tanto a sertralina (50-200 mg) quanto a psicoterapia cognitivo-comportamental (16 sessões) são eficazes no tratamento da depressão em pessoas com epilepsia, levando à melhoria da qualidade de vida e à redução da frequência das crises epilépticas. Não houve diferença significativa no tempo para remissão entre os dois grupos, destacando a importância de abordar a depressão com medicamentos ou psicoterapia, ou combinando ambos para melhores resultados.

As pessoas com epilepsia apresentam uma alta incidência de alterações psiquiátricas que podem estar relacionadas à própria doença (causa da epilepsia), a medicações anticrises e a fatores genéticos.
As alterações psiquiátricas mais comuns em pessoas com epilepsia são transtornos de humor: depressão e ansiedade. Os principais fatores de risco para depressão incluem falta de controle das crises e as limitações que elas acarretam, dificuldade de aceitar o próprio diagnóstico, desemprego, sexo feminino, baixo nível educacional, reduzida aderência aos fármacos anticrises, além do estigma social da doença. Efeitos adversos dos fármacos anticrises podem estar relacionados a alterações de humor.

Os especialistas da Liga Brasileira de Epilepsia estão à disposição para falar sobre saúde mental e epilepsia.

Epilepsia e tratamento

A epilepsia é uma condição altamente tratável, e aproximadamente 70% das pessoas com epilepsia poderiam viver livre de crises se tivessem diagnóstico correto e acesso aos tratamentos anticrises adequados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a epilepsia acomete 50 milhões de pessoas de todas as idades ao redor do mundo e aproximadamente 80% delas vivem em países de média e baixa renda. Infelizmente, nesses países, o acesso limitado a serviços de saúde e aos fármacos anticrises deixa uma grande proporção de pessoas sem tratamento, vulneráveis a acidentes, preconceito, estigma e mortalidade prematura.

Para minimizar a falta de tratamento e o estigma da epilepsia, a OMS aprovou, em 2022, o Plano intersetorial global de ação para epilepsia e outras alterações neurológicas. Esse plano reúne estratégias para promover o amplo acesso aos serviços de saúde que ofereçam cuidado e atenção integrais às pessoas com epilepsia, em todo o mundo.

Sobre a Liga Brasileira de Epilepsia

A Liga Brasileira de Epilepsia é uma associação que congrega médicos e outros profissionais dedicados à saúde das pessoas com epilepsia. A LBE tem a missão de promover recursos para o ensino e pesquisas destinados à prevenção, diagnóstico e tratamento da epilepsia.

epilepsia.org.br

foto: divulgação

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