Autor de “O que é impossível para você?” destaca a importância das ações determinarem o nosso futuro
Já parou para pensar no dia que vamos deixar este mundo? Por mais que seja angustiante, esse foi uma das primeiras coisas que Marcos Rossi soube assim que nasceu, afinal de contas, os médicos deram uma perspectiva de vida de 30 anos e ponto final. Como se fosse um produto, mas desta vez em forma de ser humano. Tudo porque ele nasceu sem pernas e sem braços devido a uma doença extremamente rara, a Síndrome de Hanhart.
Autor do best seller “O que é impossível para você?”, publicado pela Buzz Editora, Marcos Rossi é um homem feito, advogado e pai de dois filhos, tem um frio na barriga ao encarar a plateia em sua primeira fala como palestrante motivacional. Responsável por grandes momentos que colocam em cheque o nosso grande propósito nesta vida, Marcos sempre bate na tecla que são “decisões que determinam os nossos destinos”, independente se você possui deficiência ou não.
“Eu cresci e fui criado de uma forma normal pela minha família, nunca me colocaram em uma redoma de vidro e acho que isso foi um fator decisivo para eu me tornar quem eu sou hoje”, conta o escritor. “É preciso usar os recursos à sua volta. A limitação não impede ninguém de sonhar. E saber que sempre há um propósito para tudo traz tranquilidade. Mas também traz energia, se você consegue treinar seu cérebro para focar em um objetivo”, destacou.
Um garoto que surfa além da arrebentação com as muletas apoiadas sobre a prancha. Mais de uma centena de ritmistas de uma escola de samba observam em silêncio o teste do cadeirante que quer ser integrante da bateria. Um artista de rua emociona as pessoas ao cantar “I believe I can” aos domingos na Avenida Paulista. O mascote do time de basquete Chicago Bulls, Benny, coloca sua máscara em um deficiente físico, para delírio de todo o ginásio. Todos esses episódios são unidos por Marcos Rossi, que desde cedo olhou para a vida sob outro espectro e que hoje vai além da inspiração. Para ele, a única coisa impossível é você se manter o mesmo depois da leitura do livro.
“Meu trabalho sempre foi voltado para pessoas porque pessoas são pessoas. As dificuldades vão apesar independente se a pessoa possui uma deficiência ou não. Portanto, ver essas vidas sendo transformadas a partir da minha história é muito gratificante”, destacou Rossi.
Segundo o último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo menos 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência. Isso representa quase 25% da população. Histórias como a de Marcos Rossi precisam ser contadas e exaltadas para levantar outras pautas que são essenciais para esta população.