Na sua nova exposição Lapso, Jaques Faing experimenta com três das questões recorrentes no seu trabalho: desenho, objeto e fotografia contemporânea. A mostra será apresentada do dia 17 de agosto a 14 de setembro no Arte Hall

Na série intitulada Grafocaos, os jogos de simetria entre metades sobrecarregam de erráticas linhas em preto o campo visual ostensivamente branco. Desse embate entre hipergrafismo sombreado e vácuo planar surgem estruturas intrincadas por rebatimento e frontal eroticidade: abstratas vulvas, sacos, óvulos, falos, dedos e outras condensações de forte efeito anatômico.

Nos casos das séries Volver 1, 2 e 3, o borramento entre desenho e escultura resulta em drástica redução das tramas: submetidos a uma pressão contra-suporte, os hipergrafismos adquirem forte presença tátil. Mesmo em contexto de baixa visibilidade, o sensorial irrompe. Na migração para o material termoplástico (PET), Jaques Faing avança em experimentação e potência: há nessas plataformas monocromáticas metalizadas, a realização de uma pintura conceitual indissociável do objeto de arte.

Na série Pedra-Gozo, a tensão entre o assunto e a forma de exibição (uma robusta plataforma em lâmina de zinco) gera imediatos efeitos de um mundo insondável, mas paradoxalmente ancestral. O caráter de instalação concentra sedução, hipnose e captura.

Abertura: 17/08/2019, sábado, das 11hs às 18hs

Visitação: 17/08 até 14/09/2019

ARTE HALL galeria

Rua Cônego Eugênio Leite 240 – Jardim América, São Paulo

telefone(11) 3063-4630

Jaques Faing

Artista visual que investiga a transposição da fotografia para suportes tridimensionais.Trabalha a fotografia como imagem, como escultura e como objeto.

Seus assuntos vão desde categorias históricas da fotografia (o retrato, a paisagem natural e construída, a natureza morta) a vertentes contemporâneas (fotografia de performance e fotografia digital manipulada). Vive e trabalha entre Rio de Janeiro e São Paulo.

Suas obras integram cinco importantes acervos de museus brasileiros:

Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, curadoria de Paulo Herckenhoff;

Museu de Arte Moderna de São Paulo, curadoria de Tadeu Chiarelli, onde participou de três importantes coletivas: “Fotografia e Escultura no Acervo do MAM”, 2004 e “MAM na Oca” e “Veracidade” em 2006;

Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, curadoria de Tadeu Chiarelli;

MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro, curadoria de Paulo Herckenhoff;

Museu Afro Brasil, curadoria de Emanoel Araújo.

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