Esquecidos durante os cuidados diários, joelhos são um dos principais indicadores de idade, apresentando sinais decorrentes do envelhecimento como flacidez e rugas
O rosto é o principal foco da preocupação feminina na hora de investir em tratamentos estéticos. Porém, é cada vez mais comum o interesse das mulheres em outras áreas do corpo que também são grandes delatoras da idade, como os joelhos. “Com o passar dos anos, a pele vai sofrendo um desgaste natural e o seu aspecto vai se modificando, tornando-se menos elástica e apresentando sinais como flacidez. Este fenômeno ocorre devido a fatores como exposição excessiva ao sol e alteração na produção de colágeno, além de perda de massa muscular e mudanças no peso, que também podem alterar ainda mais o aspecto da região”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
É possível prevenir o problema com cuidados como manter uma dieta saudável, sempre se lembrar de aplicar um fotoprotetor na área quando for sair com roupas que deixam os joelhos expostos e caprichar na hidratação diária da região, apostando em produtos com fórmulas ricas em ingredientes nutritivos e ativos umectantes, como ureia, manteiga de karité, óleo de amêndoas e aveia, que vão garantir uma aparência mais saudável e evitar que a pele do joelho resseque, escureça e fique flácida. Mas, segundo a especialista, para quem já apresenta o excesso de pele sobre os joelhos, existem diversos tratamentos não invasivos que são indicados para dar fim ao problema. Procedimentos estes que devem ser indicados de acordo com a causa, sendo que a intervenção cirúrgica não é aconselhável. “A cirurgia consiste no lifting de toda a pele da coxa e não apenas do joelho. O problema deste tipo de operação é a dificuldade em esconder as cicatrizes do procedimento, que acabam ficando aparentes”, afirma a cirurgiã.
Mas existem outras alternativas para combater a flacidez dos joelhos através do estimulo da produção de colágeno, como realizar sessões de radiofrequência, que consistem na aplicação de energia de radiofrequência sobre a região, onde o calor produzido estimula os fibroblastos a produzirem fibras de colágeno e elastina que melhoram o aspecto da pele. O ultrassom microfocado também pode ser usado para estimular a produção de colágeno. Além disso, bioestimuladores injetáveis como o Sculptra também são eficientes para a área. O produto é injetado na região afetada, seguido de massagem intensa, sendo necessárias de 2 à 4 sessões com intervalos de 6 semanas.
Já para quem sofre com excesso de gordura na face interna dos joelhos o procedimento mais indicado é a criolipólise, um procedimento que congela as células de gordura, que entram em processo de apoptose (morte celular). “Com a combinação de hábito saudáveis, dieta e o uso de tecnologias associadas, o aspecto da região melhora muito”, diz a médica. Há ainda a a opção da lipoaspiração para esta gordura interna dos joelhos, onde uma cânula é inserida no tecido adiposo para remover a gordura localizada. “Mas é importante destacar que todo mundo tem certa quantidade de pele em excesso acima do dos joelhos, pois, caso contrário, não seríamos capazes de dobrá-los. Por isso, você deve consultar um médico qualificado que avaliará o seu caso e indicará o melhor procedimento para seu problema”, finaliza a Dra. Beatriz Lassance.
Fonte: Dra. Beatriz Lassance – Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery.