Este tipo de arritmia cardíaca tem sido diagnosticada com frequência em ex-atletas; trata-se de uma doença que atinge também a população geral
A Fibrilação Atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum do mundo¹ e tem sido diagnosticada com frequência em ex-atletas. A doença leva o coração a bater em um ritmo irregular e atinge entre 1,5 e 2 milhões de pessoas somente no Brasil.
Entre os sinais mais comuns desse problema de saúde estão palpitações, dores ou desconfortos no peito, tontura e falta de ar. Em muitos casos, a FA é uma doença assintomática e às vezes os pacientes só descobrem que sofrem dessa arritmia quando ocorre uma consequência mais grave, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame.
Em média, corações saudáveis de adultos têm entre 60 a 100 batimentos por minuto, porém a frequência cardíaca pode variar de pessoa para pessoa, de acordo com a idade ou até mesmo com a rotina. Indivíduos com melhor condicionamento físico, por exemplo, como jovens e atletas, tendem a ter frequências mais lentas, chegando durante o sono a 30 batimentos por minuto sem apresentar qualquer anormalidade.
Ainda, qualquer ser humano pode ter alterações no ritmo do coração e é bom estarmos atentos.É necessário manter sempre atenção à saúde e aos sinais que o coração emite em qualquer idade, principalmente quando há casos de pressão elevada e sem controle (hipertensão) e histórico de doença cardíaca na família. O estilo de vida também conta: sedentarismo, fumo e álcool podem ser prejudiciais à saúde.
O cardiologista é o especialista mais indicado para diagnosticar o problema e recomendar o melhor tratamento, que pode ser apenas medicamentoso ou um procedimento de ablação por cateter.
A American College of Cardiology (ACC), a American Heart Association (AHA) e a Heart Rhythm Society (HRS) recomendam a ablação por cateter para pacientes com Fibrilação Atrial quando os medicamentos não são efetivos no controle da doença.² Em muitos casos, pacientes que realizam ablação tem redução do número de episódios sintomáticos no longo prazo, da severidade dos sintomas e até retorno de um ritmo cardíaco normal ou regular (ritmo sinusal). É possível encontrar mais informações sobre este procedimento em http://www.tenhoarritmia.com/.
¹ Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, FIBRILAÇÃO ATRIAL CAUSA AVC/DERRAME. Disponível em http://www.sobrac.org/campanha/fibrilacao-atrial-causa-avcderrame/. Acesso em 24/07/2018
²January CT, Wann LS, Alpert JS, et al. 2014 AHA/ACC/HRS Guideline for the Management of Patients With Atrial Fibrillation: Executive Summary, Journal of the American College of Cardiology (2014), doi: 10.1016/j.jacc.2014.03.021.