De 23 a 28 de abril, os belo-horizontinos têm acesso a onze produções do audiovisual mineiro, com temáticas relacionadas a identidade de gênero, sexualidade, envelhecimento saudável e pertencimento 

As exibições são gratuitas e acontecem em seis espaços da capital, entre eles, praça Duque de Caxias (Santa Tereza), praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia), praça da FEBEM (Barreiro) e Quadra Serra Verde (Venda Nova).

De 23 a 28 de abril (terça a domingo), Belo Horizonte é sede, pela segunda vez, do Cine Pojichá. Criado em 2017 pelo InCena – coletivo de realizadores da região do Vale do Mucuri e do Vale do Jequitinhonha -, o festival incentiva a formação de público e o cineclubismo em Minas Gerais. Na 10ª edição, o público belo-horizontino assiste, em seis espaços da capital, a onze produções, nas categorias ficção, documentário e experimental, criados por realizadores naturais de Belo Horizonte (MG), Contagem (MG), Itaobim (MG), Diamantina (MG) e Teófilo Otoni (MG). A curadoria é de Caroline Cavalcanti, Flavi Lopes e Guilherme Jardim. A abertura é no dia 23.04, terça, às 19h, com exibição do curta “Bruta” (BH/MG) com direção de As Talavistas E Ela.Ltda, e às 20h, tem Aula Magna com os cineastas indígenas Sueli Maxakali e Isael Maxakali (Vale do Mucuri/MG).

Durante o festival, estão previstas ainda oficinas de roteiro cinematográfico e produção em audiovisual, o seminário “O Cinema é nosso clube” e uma aula aberta com o cineasta premiado Joel Zito Araújo (SP). A programação é toda gratuita, com acessibilidade em Libras, e acontece no Cine Santa Tereza e na Praça Duque de Caxias, na Praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia), no Casa Ativa (Venda Nova), na Quadra Serra Verde (Venda Nova) e na Praça José Verano da Silva (Barreiro / Praça da FEBEM). Mais informações e programação completa no https://www.incena.org/. Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, por meio do Edital BH nas Telas – FUNDO PBH – Lei Municipal de Incentivo à Cultura – PBH / 2023.

“Acreditamos que a mostra local é uma ferramenta importante para fomentar e fortalecer o audiovisual mineiro”, comenta Cris Diniz, que assina a coordenação em parceria com Bruny Murucci e Florisvaldo Cambuí Júnior, integrantes do Incena. Segundo Diniz, além de valorizar realizadores do Estado, nesta edição a curadoria apostou no tema ‘Corpes Diverses’. “São trabalhos realizados com a presença de grupos e artistas que divergem de princípios, ideias, doutrinas e métodos cis heteronormativos, racistas, capacitistas e gordofóbicos. A proposta é potencializar o protagonismo de mulheres e pessoas LGBTQIA+, negras, indígenas, PCD’,s e obesas que desenvolvem trabalhos dentro do audiovisual, nas cidades dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha, além de Belo Horizonte e Região Metropolitana”, contextualiza.

Para Diniz, ocupar o espaço público, com exibições ao ar livre, possibilitando encontros entre passantes e realizadores do audiovisual, faz do festival esse lugar de formação de plateia para a produção local. “Poder assistir a um filme que uma pessoa do seu bairro produziu, ou se deparar com um trabalho de alguém do Vale do Mucuri, ou seja, um realizador que também é mineiro, se torna uma experiência muito rica: tanto para o público conhecer e valorizar o cinema produzido em Minas, como para o artista poder assistir a seus próprios filmes exibidos em uma praça para uma plateia tão diversa, como é o público de uma praça”, completa.

Histórico do Cine Pojichá

“Pojixá”é o nome de uma etnia indígena originária da região do Vale do Mucuri e Jequitinhonha. Não por coincidência também dá nome à locomotiva Pojixá de Teófilo Otoni-MG que ligava Minas à Bahia, e hoje, além de eternizada na canção Ponta de Areia de Bituca, tornou-se monumento da praça principal da cidade. “Nosso festival presta homenagem aos povos originários dos dois vales. Temos inclusive realizadores indígenas da região, na programação, como Isael Maxakali, Sueli Maxakali. O festival também faz referência ao propósito itinerante da locomotiva, que pode ir a outros territórios para mostrar sua produção. Assim como estamos fazendo este ano em Belo Horizonte”, conta Florisvaldo Cambuí Jr., integrante do Incena e coordenador do Festival.

Há sete anos, o Cine Pojichá iniciou suas atividades, pela inexistência de um evento que promovesse a formação de público para o cinema nas regiões dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha. “Segue ainda como o único festival no gênero na região”, revela o curador. Em 9 edições, o festival já exibiu mais de 150 títulos entre curtas e longas-metragens, realizou mais de 30 atividades paralelas e alcançou um público de mais 5.000 (cinco mil) pessoas.

Programação por dia – “FESTIVAL CINE POJICHÁ”

23/04 – Santa Tereza

18h – Praça Duque de Caxias.

Longa-metragem: Bruta (Direção: As Talavistas E Ela.Ltda)

19h – Cine Santa Tereza.

Aula magna com os cineastas indígenas Sueli Maxakali e Isael Maxakali.

24/04 – Santa Tereza 

10h às 12h – Cine Santa Tereza.

Oficina de introdução à escrita de Roteiro Cinematográfico.

18h – Praça Duque de Caxias

SESSÃO DE CURTAS 01

* Manifesto não-binário pela desistência do gênero ( Mostra Especial)

* Nunca Pensei Que Seria Assim

* Sala de espera

* Calaboca e Escuta

25/04 – Santa Efigênia

18h – Praça Floriano Peixoto.

SESSÃO DE CURTAS 02

* No Início do Mundo

* Da Janela, quem é a Namoradeira?

* Depois da margem (Mostra especial)

* Ebulição ( Mostra especial)

* Pequeno Beijo Pudim

* Divina

26/04 – Santa Tereza

Cine Santa Tereza ( parceria com MOSTRA JOEL ZITO ARAÚJO – UMA DÉCADA EM VÍDEO (1987-1997)

16h30 – Sessão Vanguarda das Lutas: Mulheres Negras na Conquista de Direitos

Almerinda, Uma Mulher de Trinta (1991, 25 minutos)

São Paulo Abraça Mandela (1991, 22 minutos)

Eu, Mulher Negra (1994, 31 minutos)

*Debate com Alessandra Brito

19h – Aula Magna de Joel Zito Araújo em roda de conversa com o grupo de pesquisa Poéticas da Experiência e lançamento do catálogo impresso

*Toda a programação de 26/04 é em parceria com a mostra.

27/04 – Barreiro

18h – Praça José Verano (Praça da FEBEM) – Barreiro.

SESSÃO DE CURTAS 01

* Manifesto não-binário pela desistência do gênero

* Nunca Pensei Que Seria Assim

* Sala de espera

* Calaboca e Escuta

28/04 – Venda Nova

10h às 12h – Casa Ativa

Oficina de introdução à Produção em Audiovisual.

16h às 18h – Casa Ativa

Seminário “O cineclube é nosso”

18h – Quadra Serra Verde

SESSÃO DE CURTAS 02

* No Início do Mundo

* Da Janela, quem é a Namoradeira?

* Depois da margem

* Ebulição

* Pequeno Beijo Pudim

* Divina

19h – Casa Ativa

Festa de encerramento

SERVIÇO

10º FESTIVAL CINE POJICHÁ

23 a 28 de abril 2024

11 produções nas categorias documentário (4), ficção (6) e experimental (1), com realizadores de BH, Diamantina, Contagem, Itaobim e Teófilo Otoni

Ações formativas – Aula Magna com o cineasta Joel Zito Araújo + Oficina de introdução à escrita de Roteiro Cinematográfico + Oficina de introdução à Produção em Audiovisual + Seminário “O cineclube é nosso”

Locais

Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89 – Santa Tereza)

Praça Duque de Caxias (Santa Tereza)

Praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia)

Casa Ativa ( R. Edgard Torres, 992 – Minas Caixa, Belo Horizonte)

Quadra Serra Verde (Venda Nova)

Praça José Verano da Silva (Barreiro – Praça da FEBEM).

Abertura 23.04, terça-feira

19h – Curta “Bruta” de Luíza Gabriela (BH/MG)

20h – Aula magna com os cineastas Sueli Maxakali e Isael Maxakali (Vale do Mucuri/MG)

Sessões com intérprete de Libras.

Acesso é gratuito | Mais informações: @cine.pojicha https://www.incena.org/

foto: Mardris Goguiroae

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