No próximo dia 04 de fevereiro é o Dia Mundial do Câncer

Uma oportunidade a mais para falar da importância da prevenção e do diagnóstico precoce. De acordo com estimativas do INCA para o ano 2020, o Paraná teria 35.050 novos casos de neoplasias malignas, sendo 3.470 de mama feminina e 3.560 de próstata.

A Dra. Mariana de Castro, cirurgiã oncológica do Hospital São Vicente Curitiba (CRM 29514, RQE 23581), comentou seis mitos e verdades que costumam estar entre as principais dúvidas dos pacientes. Confira:

#1. É possível prevenir o câncer?

Para alguns subtipos, sim. Nesse cenário podemos destacar o câncer de colo uterino, que está entre os cânceres mais prevalentes entre mulheres no Brasil (a estimativa para o ano de 2020 foi de 16710 casos novos, segundo um levantamento do INCA).

A vacinação contra o vírus do HPV reduz consideravelmente a chance de mulheres se tornarem portadoras das cepas carcinogênicas do patógeno, agentes causadores do câncer de colo uterino. Outro método de prevenção inclui o exame ginecológico para coleta da citologia de colo uterino anualmente, detectando e tratando lesões precursoras do câncer.

#2. Quando há múltiplos casos de câncer na família, existe algum exame que possa ser realizado para saber previamente o risco de novos acometidos?

Dependendo da história familiar, sim. Em situações como essa é indicado a avaliação da árvore genealógica pelo médico geneticista, para que, a partir da análise dos parentes acometidos, possam ser feitas pesquisas sobre síndromes e mutações genéticas hereditárias.

Em 2013, houve um caso bastante comentado, envolvendo a atriz Angelina Jolie, que foi submetida à ressecção das mamas devido à mutação herdada do gene BRCA, com o objetivo de redução do risco de câncer de mama.

#3. Já que nem todos os cânceres são preveníveis, o que pode ser feito para redução de risco?

Manter hábitos de vida saudáveis como alimentação equilibrada, prática de atividade física e evitar uso de cigarro e bebidas alcoólicas são atitudes que reduzem a exposição do organismo a fatores que causam danos recorrentes no DNA celular, diminuído o risco de câncer.

Além desses cuidados, estar atento às mudanças do seu corpo e passar em consulta médica regularmente pode auxiliar no diagnóstico precoce de doenças oncológicas.

#4. É verdade que nos últimos anos não houve muito avanço no tratamento do câncer?

Não, estudos envolvendo novas modalidades de tratamento são realizados amplamente nos grandes centros de referência em câncer. Quando esses estudos se mostram eficazes, as novidades são debatidas em congressos e avaliados para incorporação nas rotinas dos serviços de oncologia.

#5. Diante dessas novidades, como é definido o tratamento de um paciente diagnosticado com câncer?

Quando um paciente recebe um diagnóstico positivo para neoplasia, a primeira ação do oncologista consiste em classificar o estadiamento clínico da doença, ou seja, definir, através de exame clínico e de imagens, a extensão do câncer no organismo.

Com esses dados em mãos, discute-se em uma junta médica (composta por clínicos, cirurgiões, radioterapeutas, patologistas, radiologistas, entre outros) qual a melhor conduta a ser seguida diante do quadro exposto.

Em resumo, hoje o tratamento é individualizado e multidisciplinar, com o objetivo de oferecer o que há de melhor para o paciente, sempre levando em consideração sua condição clínica, oferecendo um atendimento personalizado, focado no acolhimento do paciente e humanização do tratamento.

#6. Pacientes em tratamento oncológico podem vacinar contra o COVID-19?

Sim! Apesar do tratamento oncológico ocasionar, em algumas situações, alteração no sistema imune, as vacinas ofertadas pelo Ministério da Saúde são compostas por vírus inativado e proteína viral, isentando assim o risco de infecção pela vacina.

Com informações do https://www.inca.gov.br/estimativa/estado-capital/brasil

Sobre o Hospital São Vicente-Funef

Fundado em 1939, o Hospital São Vicente tem ampla atuação no transplante de fígado e rim, e nas áreas de Oncologia e Cirurgia. De alta complexidade, atende diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, sempre com foco na qualidade e no tratamento humanizado. Desde 2002, a instituição é gerida pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Koutoulas Ribeiro (FUNEF). Sua estrutura conta com Pronto Atendimento, Centro Médico, Centro Cirúrgico, Exames, UTI, Unidades de Internação e Centro de Especialidades. O programa de Residência Médica credenciado pelo MEC nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

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