Orientadora pedagógica explica que construir um relacionamento com base no afeto é a chave para uma transição saudável entre esses períodos

A chegada da adolescência, por volta dos 12 anos, é marcada pelo aparecimento de dúvidas, ansiedades e sentimentos novos, geralmente acompanhados por mudanças no comportamento e nos gostos dos jovens.

Muitos pais definem a fase como difícil ou desafiadora, em que os filhos começam a respondê-los e a agir de forma “rebelde”. Para Mabel Cymbaluk, orientadora pedagógica do Colégio Marista Paranaense, o que acontece é que a construção da identidade dos adolescentes por vezes pega a família desprevenida: “Até uma determinada fase, a criança faz o que é pedido sem questionar muito. Mas ela vai adquirindo conhecimentos, conquistando o seu espaço e isso nem sempre está de acordo com as expectativas dos pais. Aquela criança passa a questionar, a se impor como pessoa e isso pode gerar uma crise nos lares”, pontua.

Nesta idade, o comportamento dos adolescentes é influenciado pelas mudanças físicas, psicológicas e sociais, e a forma que os pais lidam com esse processo pode ser determinante para como os filhos reagem a suas próprias dúvidas e inseguranças.

A orientadora pedagógica Mabel Cymbaluk separou quatro dicas para orientar as famílias e ajudá-las a fazer desta transição de fases um período mais natural e saudável.

1- Ensine responsabilidade e autonomia

Quando a criança é estimulada a ter responsabilidades, crescer e assumir novas posturas torna-se mais natural, pois ela percebe o que é capaz de fazer sozinha. Para tal, os pais podem deixar que os filhos façam dentro de casa aquilo que é adequado para suas idades, distribuindo pequenas tarefas diárias.

A escola também contribui com esse processo de amadurecimento, propondo atividades com desafios que incentivam a superação de dificuldades. Assim, as crianças transitam melhor pelas diferentes fases de seu desenvolvimento.

2 – Pratique a escuta ativa

Em geral, os adultos até ouvem as crianças, mas não de forma atenta, com acolhimento. Na escuta ativa, existe um interesse de entender pelo que o outro está passando, e isso faz toda a diferença.

É importante ter em mente a importância de falar sobre os sentimentos com os pré-adolescentes e adolescentes.

3 – Entenda a realidade do seu filho

É fundamental entender o momento atual e as necessidades que os jovens conectados de hoje em dia têm. Não adianta viver do passado e dizer ao adolescente que na sua época era diferente, ou que na idade dele você tinha muito mais responsabilidades.

Imponha as regras da casa com afeto e não tire de seu filho a possibilidade de expressar-se. As palavras de ordem são paciência, diálogo e acolhida.

4 – Saiba estabelecer limites

Esse período exige conversa e acolhimento, mas, é claro, também exige que limites muito claros sejam estabelecidos. A receita é o equilíbrio. Os pais podem e devem impor limites, mas com abertura para diálogos, deixando claro o que é negociável e o que não é.

É comum ver pais que desejam que os filhos tenham o hábito de leitura, por exemplo, mas não têm livros disponíveis em casa e nem costumam eles mesmos exercitar esse hábito. As crianças e adolescentes aprendem mais com o que percebem de suas famílias e escolas do que com a permissão excessiva ou com os grandes discursos unilaterais, recheados de “nãos”.

Sobre os Colégios Maristas: os Colégios Maristas estão presentes no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.

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