Tecnologia de energia limpa compartilhada oferece economia na conta de luz
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostrou que oito em cada dez brasileiros consideram alto ou muito alto o preço da energia elétrica no país. A constatação foi realizada por meio do estudo “Opinião do Brasileiro sobre Setor Elétrico”, que ouviu mais de duas mil pessoas de 130 municípios. Segundo o levantamento, 81% dos brasileiros desejariam poder escolher a empresa fornecedora de energia.
Por outro lado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis no ano passado aumentou 92%, o que mostra que além de querer mais liberdade, o consumidor brasileiro está de olho em fontes mais sustentáveis e econômicas.
E é justamente para proporcionar a liberdade de escolha que surge a tecnologia denominada de energia limpa compartilhada. Ainda dando os primeiros passos em território nacional mas ampliando seu alcance entre os consumidores, a energia compartilhada – que também tem sido chamada de energia por assinatura – traz diversas vantagens em relação ao consumo tradicional de energia, além de impactar positivamente no valor da conta de luz.
“Na tecnologia de energia limpa compartilhada, o consumo energético da casa ou negócio do cliente é conectado a fazendas solares parceiras. Assim, é possível utilizar energia limpa sem a necessidade de instalar placas solares, por exemplo”, explica o CEO da Juntos Energia, pioneira no modelo no Brasil, José Otávio Bustamante. No momento, o serviço é oferecido pela Juntos Energia nos estados de Minas Gerais, Pernambuco e em municípios do interior de São Paulo, mas há planos de expansão para o restante do país.
Apesar do nome energia por assinatura, José ressalta que não há qualquer mensalidade ou valor de assinatura a ser pago mensalmente, além é claro da própria conta de consumo de luz, que acaba saindo mais barata. “Acredito que o termo energia por assinatura tenha se popularizado por conta da similaridade que tem com o processo de escolha que já nos habituamos a fazer em relação à operadora de celular ou de TV, por exemplo”.
Vantagens do uso em pequenos e médios comércios
“Para pequenos e médios negócios, a conta de energia elétrica pode causar um impacto bastante significativo nos gastos mensais – pode gerar economia equivalente a mais de uma conta de luz por ano. Então além de ser prático, não ter taxa de adesão, mensalidade e ainda contribuir com o meio ambiente, o uso da energia compartilhada traz redução nos custos da conta todos os meses”, aponta Bustamante.
1) Não há necessidade de instalar placas solares no seu negócio
A energia é fornecida por meio da rede elétrica da distribuidora que atende a região, sem necessidade de instalar nenhum equipamento adicional, o que torna o processo mais fácil para o comércio.
2) Melhora da margem de lucro
Com o uso da energia compartilhada e a economia que ela proporciona, o gasto com energia elétrica será menor, melhorando a margem de lucro nos produtos e serviços.
3) Uso de energia 100% renovável
Com o uso da energia limpa compartilhada, o comércio passa a receber energia 100% renovável, de fonte solar, eólica, biomassa entre outras, diretamente de fazendas solares. Bom para o negócio, bom para o planeta.
4) Economia considerável na conta de luz
Na tecnologia de energia limpa compartilhada, a economia é garantida em cima do valor da energia gerada pelas usinas. O negócio pode economizar o valor de até uma conta de luz inteira por ano.
5) Confiabilidade e segurança
A energia é enviada diretamente da fazenda solar para a concessionária, e é a concessionária que fará a conversão desse crédito para o consumidor. O comércio continuará recebendo energia com o mesmo padrão que recebia anteriormente. A diferença é que a origem da energia é limpa, sustentável e mais barata.
Juntos Energia Compartilhada
A Juntos Energia tem como fundadores José Otávio Bustamante e Rodrigo Protázio. O projeto nasceu a partir de um trabalho acadêmico de um curso criado pelas universidades de Harvard e MIT. Ao final do curso, 400 protótipos foram submetidos, e o modelo de painel solar híbrido criado por José Otávio acabou entre os 20 selecionados para aprofundarem a prototipação ao Prototype Camp do MIT. E foi através da troca com outros especialistas em geração de energia que o empreendedor decidiu criar um projeto baseado no modelo de negócio atual da empresa, focando no serviço de compartilhamento de energia. O projeto venceu uma série de premiações e recebeu aceleração, mentoria e investimentos. Em 2021, foi comprada pelo fundo de private equity americano Alothon Group e Elétron Energy, uma das maiores geradoras de energia elétrica e de gás natural do Brasil.
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