Confira a lista preparada pela New York City Tourism + Conventions com os principais food halls da cidade, que, nos últimos anos, se tornaram uma sensação por lá
Nos últimos anos, uma nova onda emergiu em Nova York: os mercados gastronômicos, lá chamados de food halls, encontrados por toda a cidade e que não param de ser abertos. Independentemente de contemplarem os sabores de um único país – como os endereços que celebram especificamente a culinária de Itália, França, Espanha e Cingapura, por exemplo – ou de serem uma verdadeira torre de Babel etílico-gastronômica concentrada num único lugar, oferecendo comida “baratex” ou com curadoria de chefs renomados, uma coisa é certa: os mercados gastronômicos são repletos de delícias (incluindo também muitas opções vegetarianas e veganas) e perfeitos para uma refeição a qualquer hora do dia, qualquer que seja a estação do ano.
Confira uma lista com 10 mercados gastronômicos preparada pela New York City Tourism + Conventions, organização oficial de marketing de destino e Convention and Visitors Bureau da cidade de Nova York, e que são o novo must-see em sua próxima viagem à Big Apple.
1) Market 57
É o mais novo mercado gastronômico nova-iorquino (abriu as portas em 1º de abril deste ano), localizado no Píer 57, antigo terminal de embarque e armazenamento junto ao Rio Hudson. Ali, os 15 restaurantes têm curadoria da Fundação James Beard – organização sem fins lucrativos cuja missão é celebrar, apoiar e elevar as pessoas por trás da cultura alimentar norte-americana – e são de propriedade sobretudo de minorias e mulheres. Destaque para as unidades locais do Nom Wah, mais antigo restaurante de dim sum de Nova York, e do Zaab Zaab, considerado um dos melhores tailandeses da cidade, além do Platform JBF, em que chefs residentes, numa linda cozinha toda envidraçada, se revezam para oferecer aulas e demonstrações culinárias (para essas atividades, é preciso comprar ingresso prévio). Completam o espaço o City Winery, misto de vinícola (isso mesmo: é a única vinícola de Manhattan), restaurante e casa de shows, e o Rooftop Park, que, na cobertura da construção, oferece mais de 7 mil metros quadrados de gramados e locais para sentar e relaxar.
Onde: 25 11th Avenue, ao lado do Little Island, o novo parque estruturado sobre grandes tulipas de concreto e que avança sobre o Rio Hudson
Horário de funcionamento: diariamente, das 11h às 20h
2) Tin Building
Inaugurado em setembro de 2022, é a menina dos olhos do estrelado e celebrado chef francês Jean-Georges Vongerichten, que reformou completamente, ao longo de oito anos e ao custo de quase US$ 200 milhões, o outrora famoso Fulton Fish Market, que foi o mais importante mercado atacadista de peixes e frutos do mar dos Estados Unidos. O resultado do projeto não podia ser mais primoroso: um mercado com quase 5 mil metros quadrados cujos restaurantes dão a volta ao mundo dos sabores, incluindo o Shikku (japonês), House of the Red Pearl (chinês), T. Brasserie (francês), Frenchman’s Dough (italiano) e Taquito (mexicano). Em homenagem aos tempos de ouro do antigo mercado de peixes, há o Fulton Fish Co., enquanto os vegetarianos e veganos têm no Seeds and Weeds a parada perfeita. A Spoiled Parrot é um doce de loja, literalmente, além de altamente instagramável, e o Mercantile faz a festa dos mestre-cucas com seus azeites, geleias, molhos, temperos e utensílios maravilhosos.
Onde: 96 South Street, no Píer 17, Financial District
Horário de funcionamento: de domingo a quinta, das 8h às 22h, e, às sextas e sábados, das 8h às 22h30
ioneiro na tendência dos mercados gastronômicos que invadiram Nova York nos últimos anos, o Chelsea Market foi aberto em 1997 onde outrora funcionava a fábrica de bolachas Nabisco, no Meatpacking District, e é o food hall mais famoso e icônico da cidade. Ali, restaurantes, lanchonetes, padarias, varejistas e fornecedores de vinhos, café, chá, chocolates e queijos, bem como lojas, tomam conta da construção de tijolinhos, que preserva muito dos toques da construção original. Para matar a fome, opções certeiras são o Los Tacos No. 1, de comida mexicana; o Miznon, procurado pelos sanduíches no pão pita e a batata assada lotada de creme azedo, alho e cebolinha; o autoexplicativo Lobster Place; e o requintado Buddakan, que passeia pelos sabores asiáticos e oferece até pato de Pequim. Para adoçar a vida, aposte nos brownies da Fat Witch Bakery e nos chocolates artesanais da Li-Lac, a loja de chocolates mais antiga de Manhattan, de 1923.
Onde: 75 9th Avenue (entre as ruas 15th e 16th), pertinho do High Line, do Whitney Museum e do Little Island
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 7h às 22h, e, aos domingos, das 8h às 22h. Alguns estabelecimentos podem ter horários diferenciados.
Tudo é incrível nesse mercado no coração da descolada região de Dumbo, no Brooklyn. A seleção dos 24 vendedores de comida foi feita pelo time da Time Out Magazine, que manda muitíssimo bem quando o assunto é recomendar as melhores atrações, incluindo as gastronômicas, em grandes cidades do mundo, incluindo Nova York. Entre os estabelecimentos eleitos para impressionar os comensais estão o Mr. Taka Ramen, que figura na lista Bib Gourmand do Guia Michelin; o Chote Miya, com cardápio inspirado nas comidas de rua de Bombaim e repleto de receitas que agradam tanto os puristas da culinária indiana como os fãs de pratos mais modernos; a tradicional pizzaria Fornino; e o Pat LaFrieda Meat Purveyors, do famoso açougueiro Pat LaFrieda, o “rei da carne” no Estados Unidos, que serve sua própria seleção de carnes em excelentes cheesesteaks, hambúrgueres e, reza a lenda, o melhor cachorro-quente do mundo. A localização é outro trunfo: o complexo ocupa o prédio histórico Empire Stores, localizado entre as cênicas pontes do Brooklyn e Manhattan. Vizinho de um cartão-postal desses, é claro que não falta um rooftop no mercado, para os visitantes comerem e brindarem diante de uma das vistas mais estupendas da Big Apple.
Onde: Empire Stores – 55 Water Street, no Brooklyn
Horário de funcionamento: diariamente, das 8h às 22h (às sextas e sábados, fecha às 23h)
5) Essex Market
Atende a vizinhança de Lower East Side há mais de 100 anos, quando os primeiros vendedores traziam suas mercadorias para vender em carrinhos de mão. Em 1940, essa informal feira a céu aberto foi convertida num mercado público fechado. O passar das décadas, porém, não fez bem ao tradicional empreendimento, que só voltou ao brilho dos primeiros tempos em 2019, quando foi reaberto no endereço atual, uma construção espaçosa e cercada por muito vidro, o que, além de permitir a entrada de muita luz natural – sobretudo no mezanino com mesas e balcões para o visitante sentar, saborear seu prato e curtir o vaivém –, confere ao mercado um ar descolado. Hoje, além das bancas que vendem toda sorte de alimentos, o Essex Maket também conta com vários bares e restaurantes, incluindo a Shopsin’s General Store, uma instituição nova-iorquina com seu menu de mais 900 itens; a Ni Japanese Deli, onde pode-se comprar produtos tradicionais da culinária japonesa e saborear pratos saudáveis preparados com ingredientes locais e sazonais; e o Nordic Preserves, Fish & Wildlife Co., que serve especialidades da Suécia e de outros países nórdicos, como o arenque curado na casa, marinado em sabores como frutas cítricas e curry quente, e gravlax. Já na Riverdel, o destaque são os queijos veganos artesanais, entre outros produtos sem ingredientes de origem animal.
Onde: 88 Essex Street
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 8h às 20h, e, aos domingos, das 10h às 18h. Alguns estabelecimentos podem ter horários diferenciados.
6) Grand Central Dining Concourse
A estação de trem mais cinematográfica do mundo – apareceu nos filmes Armageddon, Madagascar, Fuga à Meia-Noite e Amizade Colorida, entre muitos outros – não é apenas um lugar para ir e vir de Nova York, mas também para comer num food hall de primeira, recheado de endereços icônicos da cidade: Shake Shack (hambúrgueres), Magnolia Bakery (cupcakes e outros doces), Tartinery (café-bar de inspiração francesa) e Luke’s Lobster (lobster rolls ao estilo do Maine), entre dezenas de outras opções no piso subterrâneo, boa parte delas concentrada num imponente saguão central. Outro destaque é o centenário e elegante restaurante de peixes e frutos do mar Oyster Bar, onde há apenas uma coisa ruim: a dificuldade para escolher o que comer. O cardápio inclui iguarias como clam chowder, ostras fritas, atum grelhado, sanduíche de caviar, bolinhos de caranguejo e coquetel de camarão, entre outras delícias do mar.
Onde: 89 E 42nd Street, na esquina com a Park Avenue e grudado numa das atrações nova-iorquinas mais badaladas do momento: o observatório SUMMIT One Vardebilt
Horário de funcionamento: a Grand Central abre diariamente, das 5h15 às 2h da manhã, porém o Dining Concourse e demais restaurantes da estação têm horários diferenciados. O Oyster Bar, por exemplo, fecha aos sábados e domingos. Para mais informações, visite https://www.grandcentralterminal.com/dining-concourse/.
Parte do vistoso complexo Hudson Yards, o Little Spain celebra a gastronomia espanhola. O ambiente é informal, despretensioso, mas não se deixe enganar: a empreitada é capitaneada pelo chef José Andrés, com apoio de ninguém menos que os estrelados irmãos Albert e Ferran Adrià, que, em seis quiosques de comida, três restaurantes e quatro bares (um deles de vinhos), dispostos em mais de 3 mil metros quadrados, oferecem as mais deliciosas tradições espanholas: tapas, diversos tipos de queijos, jamóns (presuntos) e outros embutidos, paella, camarões, pescados, batatas bravas, gazpacho (sopa fria de tomates), churros com chocolate quente… Também há um espaço para comprar produtos espanhóis, como azeites, azeitona e patês, entre outras delícias.
Onde: 10 Hudson Yards, aos pés do prédio onde está o observatório Edge
Horário de funcionamento: aberto todos os dias, das 11h às 21h
8) Le District
Esse mercado é dedicado exclusivamente à aclamada culinária de outro país do Velho Continente, a França. No Le District, localizado junto ao shopping Brookfield Place, quase em frente ao prédio e observatório One World (que ocupa a área onde anteriormente estavam as Torres Gêmeas), as incontáveis maravilhas gastronômicas do país estão divididas em dois setores. Um é o Market District, com estações específicas de pães, queijos e charcutaria (com produtos trazidos de diversas regiões francesas), rotisseria, bar de saladas, peixaria e açougue. No outro espaço, o Café District, uma pâtisserie e um café servem crepes, macarrons, chocolates, sorvetes, sanduíches e toda sorte de doces e sobremesas típicas da terra de Napoleão. Para uma experiência gastronômica completa, o Le District oferece quatro restaurantes: a moderna brasserie Liberty e o Le Bar e sua vasta carta de vinhos e coquetéis artesanais, ambos com belas vistas do Rio Hudson, bem como o Bar a Vin, que serve vinhos em taça de todas as regiões da França, acompanhados por mais de 35 opções de queijos e charcutaria da casa ou por pratos à base de carne e peixe. Uma experiência de alta gastronomia é a proposta do L’Appart, agraciado com uma estrela no Guia Michelin e cujo ambiente se assemelha a um apartamento parisiense. Ali, o chef Antoine Boullay apresenta um menu rotativo, usando ingredientes que respeitam a disponibilidade do mercado e a sazonalidade, garantindo que um jantar nunca seja igual a outro.
Onde: 225 Liberty Street, junto ao shopping Brookfield Place, no Battery Park City, na porção sul de Manhattan
Horário de funcionamento: o mercado abre diariamente a partir de 8h (às 10h aos sábados e domingos), mas a maioria das estações de comidas e bebidas começa o expediente às 11h, e cada uma tem um horário de fechamento diferente. Os restaurantes também uma programação própria de dias e horários de funcionamento, de modo que consultar o site do Le District é fundamental para organizar a visita.
9) Eataly
Cidade com fortíssima influência italiana – que o digam as duas Little Italy existentes em Nova York, uma em Manhattan e outra no Bronx –, não é para menos que a Big Apple tenha sido a primeira cidade dos Estados Unidos a receber, em 2010, uma filial desse mercado, que nasceu em Turim, no norte da Itália, em 2007. O sucesso foi retumbante e ao primeiro e enorme complexo, com quase 5 mim metros quadrados e situado pertinho do emblemático Flatiron Building e do Madison Square Park, somou-se uma segunda unidade, o Eataly Downtown, junto ao shopping Westfield World Trade Center, no Financial District. Em ambos os endereços, a visita é literalmente um prato cheio das infindáveis delícias italianas: pizzas, massas, risotos, paninis, focaccias, queijos, embutidos, vinhos, gelatos, capuccinos e espressos, servidos em espaços e restaurantes divididos por especialidade. Entre as exclusividades de cada Eataly, no complexo Flatiron há a cervejaria Serra, que ocupa o rooftop da construção e, remetendo ao ambiente rural chique do sul da Itália, apresenta um menu e decoração totalmente renovados a cada estação. O Eataly Downtown, por sua vez, conta com o Firenze Ristorante Toscano & Bar, com coquetéis, petiscos e pratos de inspiração toscana, como a tagliata di manzo, um suculento corte grelhado acompanhado de baby rúcula, lascas de queijo parmigiano reggiano e azeite balsâmico de Modena.
Onde: o Eataly Flatiron fica no número 200 da Quinta Avenida, a um pulo do Flatiron Building, em Midtown. E o Eataly Downtown é parte do shopping Westfield World Trade Center (101, Liberty Street, 3º andar), no Financial District.
Horário de funcionamento: o Eataly Flatiron abre diariamente, das 9h às 22h, enquanto o Eataly Downtown funciona das 8h às 22, todos os dias. Em ambas as unidades, é recomendado checar os respectivos sites (aqui e aqui) para organizar a visita, uma vez que os restaurantes têm horários de funcionamento diferentes entre si.
10) Urban Hawker
Esse empreendimento, inspirado nos tradicionais hawker centers (mercados de rua) de Cingapura e que abriu as portas em setembro de 2022 na vizinhança da agitada Times Square, veio para quebrar a hegemonia da culinária europeia que imperava entre os mercados abertos recentemente. São 17 pontos de venda de comida, 11 deles vindos diretamente de Cingapura e que, à parte os pratos típicos desse país, também passeiam pelas iguarias de outros povos que compõem o caldeirão cultural que forma Cingapura: malaios, chineses, indianos e peranakans (resultado da mistura entre os primeiros imigrantes chineses que se estabeleceram em áreas como Penang, Malaca, Cingapura e Indonésia e que se casaram com malaios locais). Seja pelo visual do mercado, pelo público e, claro, pelas comidas servidas, o complexo transporta os visitantes para um autêntico mercado de rua de Cingapura, onde bons pit stops são o cingapuriano Hainan Jones, para provar o famoso arroz de frango Hainanese; o filipino Tradisyon, que tem no adobo de porco (composto por uma carne assada até a textura perfeita e que vem ensopada em um molho à base de soja com alho) uma escolha certeira; e o malaio Padi D’NYC. Nesse quiosque, suas prioridades devem ser o longtong (bolinhos de arroz servidos servido em uma tigela de curry de coco cremoso, acompanhados de batatas, bolinhos de peixe e ovos cozidos), o gulai de frango e o satay de frango defumado. É tudo colorido, temperado com muitas ervas e especiarias e diferentemente delicioso.
Onde: 135 West 50th Street, perto da Times Square, em Midtown
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 10h às 22h, e, aos domingos, das 10h às 21h.
Alguns mercados de Nova York, como o Essex Market, são o destino dos passeios guiados da Turnstile Tours, os quais incluem degustação. A empresa também oferece um tour a pé, de duas horas, pelos food carts e food trucks de Midtown e Financial District, em Manhattan, e outro, do mesmo gênero, em Jackson Heights, no Queens, ambos com paradas para saborear a famosa comida de rua nova-iorquina.
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