Infectologista da Kora Saúde, Dr. Rafael Nogueira, comenta sobre risco da doença e cuidados a serem tomados
O Brasil enfrenta uma crise alarmante de dengue, com o maior número de casos no mundo e representando metade do total global, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Este ano, o país pode atingir a marca preocupante de 5 milhões de pessoas infectadas pela doença, conforme dados do Ministério da Saúde. O impacto devastador da dengue é ainda mais evidente ao considerarmos o recorde de mais de 1 mil mortes registradas no ano passado.
Para enfrentar essa ameaça à saúde pública, o país lançou uma campanha de vacinação em larga escala com o imunizante Qdenga, desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023. O Ministério da Saúde priorizará a vacinação para a faixa etária entre 6 e 16 anos, numa tentativa de conter a propagação da doença entre os grupos mais vulneráveis.
Rafael Nogueira, infectologista da rede Kora Saúde e médico do controle de infecção hospitalar, destaca que o crescimento populacional e a urbanização contribuem significativamente para a alta incidência da doença. “O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, tem hábitos crepusculares e pode infectar uma pessoa após picá-la. É fundamental identificar os casos e monitorar a progressão da doença em determinadas áreas”, alerta o médico.
Além da vacinação em massa, o infectologista enfatiza a importância da prevenção para combater a dengue. “Medidas simples, como manter o ambiente limpo, sem acúmulo de lixo e água parada são essenciais para reduzir o risco de infecção, especialmente, para crianças, idosos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. O uso de repelentes e roupas adequadas ao visitar áreas propensas à proliferação do mosquito também é recomendado.”, aconselha o médico.
Em caso de suspeita de dengue é crucial procurar assistência médica imediatamente para um diagnóstico e tratamento adequados. Com a colaboração de todos e a implementação de medidas eficazes de controle, é possível enfrentar esse desafio de saúde pública e proteger a população contra a dengue.
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