Devido à queda de estrogênio, a pele da mulher pode tornar-se mais ressecada durante a menopausa, além de perder ácido hialurônico e as fibras de sustentação mais rapidamente, o que pode contribuir para a aceleração do envelhecimento cutâneo

Conforme envelhecemos, nosso organismo passa por uma série de alterações que afetam o corpo. Na mulher, uma dessas alterações é a menopausa, caracterizada pela suspensão definitiva da menstruação, que vem acompanhada por sintomas como perda de massa óssea e massa magra, cansaço, emocional abalado e ondas de calor e suor. E não para por aí, pois a pele também é afetada nesse processo. “Com a chegada da menopausa e a diminuição da produção de estrogênio, a pele se torna mais fina e ressecada e a produção de colágeno, elastina e ácido hialurônico diminui drasticamente, o que favorece a aceleração do envelhecimento da pele, visto que essas substâncias são responsáveis por conferir sustentação, firmeza, elasticidade, volume e hidratação ao tecido cutâneo”, explica a dermatologista e tricologista Dra. Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Associação Brasileira de Restauração Capilar.

Por isso, após o início da menopausa, é importante redobrar os cuidados diários com a pele. E o primeiro cuidado já deve começar na escolha dos cosméticos, que devem ser adequados para atender às necessidades da pele nessa idade. “Opte por sabonetes mais suaves que não agridem a pele, evitando assim a piora do ressecamento, e por cosméticos formulados com ativos altamente hidratantes capazes de fortalecer a barreira da pele. Além disso, vale a pena apostar também em ingredientes antioxidantes e rejuvenescedores, como a vitamina C, o resveratrol, o retinol e alfa-hidroxiácidos como o ácido glicólico”, aconselha a médica. E claro, mais do que nunca, não devemos esquecer do fotoprotetor, que deve ter, no mínimo, FPS 30 e ser aplicado diariamente pela manhã, sendo reaplicado a cada duas horas.

No entanto, a Dra. Kédima ressalta que é importante optar por produtos que sejam livres de substâncias irritantes, pois a pele da mulher torna-se mais sensível nessa fase. “Evite principalmente cosméticos com fragrâncias, que figuram entre as principais causas de irritação, pois podem causar ainda mais desidratação e prejudicar a barreira de proteção da pele”, afirma. Logo, o melhor é optar por produtos hipoalergênicos, mais naturais e menos sintéticos.

Além dos cuidados tópicos, é importante também investir em hábitos saudáveis que auxiliem na manutenção da saúde do organismo, incluindo ter boas noites de sono, evitar fumar e ingerir bastante água diariamente. “Adote também uma alimentação balanceada rica principalmente em antioxidantes, que estão apresentes em alimentos como frutas vermelhas, frutas cítricas, canela e peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha”, recomenda a especialista. Procure também realizar exercícios físicos regularmente. “A atividade física é importante para a pele em diversos aspectos, visto que reduz o nível de cortisol, melhora a elasticidade, atua no controle da acne e da oleosidade, fortalece a barreira de proteção da pele e previne o envelhecimento precoce.”

Porém, em casos em que a mulher sente grande desconforto estético devido aos efeitos da menopausa na pele, é possível optar pela realização de tratamentos estéticos em consultório, como os bioestimuladores de colágeno. “Os bioestimuladores promovem uma hidratação profunda da pele e estimulam a produção de novo colágeno, o que melhora a firmeza e elasticidade da pele, amezinhando rugas e flacidez”, destaca a dermatologista. “Outra opção interessante é o preenchimento com ácido hialurônico, que, além de conferir volume ao rosto e reduzir a aparência de linhas, estimula a produção natural da substância, tornando a pele mais hidratada”, completa.

Existem ainda opções não invasivas, como o laser e a luz pulsada, que são capazes de rejuvenescer e uniformizar a tonalidade da pele, e a radiofrequência e o ultrassom microfocado, tecnologias especialmente eficazes no combate à flacidez para resgatar o contorno facial e a firmeza da pele. “Por isso, ao entrar na menopausa, o ideal é que, além de um ginecologista, você visite também seu dermatologista, que poderá rever as necessidades de sua pele para recomendar a melhor rotina de cuidados ou indicar os tratamentos mais adequados para combater os sinais do envelhecimento”, finaliza a Dra. Kédima Nassif.

FONTE: DRA KÉDIMA NASSIF: Dermatologista e Tricologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Associação Brasileira de Restauração Capilar. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Residência Médica em Dermatologia também pela UFMG; realizou complementação em Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal, transplante capilar pela FMABC e em Cosmiatria e Laser pela FMABC. Além disso, atuou como voluntária no ensino de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. www.kedimanassif.com.br

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