Comidas e bebidas muito quentes ou muito condimentadas podem desencadear quadros repentinos de rinite gustativa; médica do Hospital Paulista detalha os sintomas e as formas de tratamento

Seu nariz escorre ou fica entupido enquanto você está se está se alimentando? Caso afirmativo, é bastante provável que isso decorra de uma rinite gustativa.

Pouca gente sabe, mas há alimentos que também provocam reações alérgicas no aparelho respiratório. Embora mais comum em pessoas acima de 60 anos, a rinite gustativa pode ocorrer em qualquer idade e costuma estar associada ao consumo de alimentos muito quentes ou muito condimentados.

“Eles podem estimular as terminações nervosas presentes nas papilas gustativas da língua e nas cavidades nasais, desencadeando uma resposta do sistema nervoso autônomo, que inclui a dilatação dos vasos sanguíneos nas mucosas nasais. Ou seja, ao mesmo tempo em que a salivação começa, o nariz também começa a produzir secreção ou mesmo obstruir, estimulado pelo início da alimentação e da mastigação”, explica a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especialista em alergias respiratórias.

A especialista explica que esse tipo de rinite é causado por um desequilíbrio neural, que faz as ações do sistema parassimpático acontecerem “fora de hora”, gerando os sintomas descritos. “Geralmente, as irritações são mais discretas do que as da rinite alérgica e se resumem à coriza e obstruções nasais eventuais. Mas a intensidade varia de pessoa para pessoa.”

Quanto ao tratamento, a médica explica que é importante, em primeiro lugar, buscar uma avaliação profissional. Isso porque os remédios que costumam ser utilizados dependem de prescrição, e a automedicação pode ser ineficaz ou mesmo arriscada.

“Os tratamentos para a rinite gustativa se dão a partir da conciliação dos sintomas com medicamentos anticolinérgicos, anti-histamínicos, corticoides de ação local ou mesmo com medicamentos em forma de spray. A maioria exige a prescrição de receita e, de qualquer forma, é importante que o médico avalie qual a melhor linha de ação a seguir, conforme o perfil de cada paciente”, finaliza.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

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