A alta crescente dos custos de medicamentos acaba se tornando uma barreira para o tratamento adequado das doenças reumáticas, que impactam a saúde e bem-estar, principalmente das mulheres
As doenças reumáticas têm um forte impacto no sistema de saúde do país e pesquisas demonstram que o público feminino é o que mais sofre. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), os problemas reumatológicos fazem parte da vida de 6% da população brasileira. Deste número, o público feminino corresponde a 60% dos casos.¹ A alta crescente dos custos de medicamentos acaba se tornando uma barreira para o tratamento adequado das doenças reumáticas, que muitas vezes exigem o uso de medicamentos biológicos, ou seja, biofármacos desenvolvidos a partir de células vivas, para um melhor controle da doença e que pode levar ao alívio das dores crônicas. Por isso, é importante a discussão sobre o uso dos biossimilares, responsáveis por promover a inovação e competição do mercado, aumento da acessibilidade ao tratamento biológico para os pacientes, prevenção da falta de medicamentos e muito mais.
A convite da Organon, a médica reumatologista Licia Mota, diretora científica da Sociedade de Reumatologia de Brasília, explica sobre os impactos das doenças reumáticas nas mulheres e como os biossimilares são importantes para acesso ao tratamento da doença. Segundo a médica, existem mais de 100 tipos de doenças reumáticas e algumas são mais frequentes no público feminino, entre elas: Lúpus Eritematoso Sistêmico; Artrite Reumatoide; e Fibromialgia. ‘’As doenças dolorosas, como exemplo a fibromialgia, trazem um alto impacto na qualidade de vida da mulher, porque, além das dores intensas, elas interferem também no sono, na disposição e bem-estar geral da paciente e, consequentemente, trazem prejuízos para as relações interpessoais, inclusive, na qualidade de vida sexual delas”, explica.
Dados do Datasus apontam que, entre setembro de 2019 e agosto de 2020, mais de 100 pessoas por dia foram internadas em hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) com sinais e sintomas compatíveis com alguma enfermidade reumática. ² A médica explica que o tipo de tratamento varia muito e depende do tipo de doença. ‘’No caso das doenças autoimunes e inflamatórias, o tratamento em geral engloba o uso de medicamentos para reduzir a inflamação, mas também medicamentos para evitar o ataque do sistema imune ao próprio organismo, o que inclui medicamentos imunossupressores. Além disso, em algumas situações, o tratamento pode incluir, no caso das síndromes dolorosas, medicamentos específicos para dor. Algumas vezes são prescritos antidepressivos e medicações anticonvulsivantes para tratar a dor e melhorar os distúrbios do sono’’, relata.
Para o tratamento das doenças reumáticas, os biossimilares se destacam pela possibilidade de ampliação no acesso, uma vez que os medicamentos são de alto custo. Disponíveis no Brasil desde 2016, os biossimilares são desenvolvidos tendo como referência fármacos originadores cuja patente expirou. Eles têm um custo inferior ao seu medicamento de referência e são desenvolvidos para funcionar no organismo da mesma maneira que o produto originador, garantindo a mesma segurança, pureza e eficácia. Para isso, passam por rigorosos testes antes de chegar ao mercado, além de ter a aprovação da Anvisa.
‘’Além do impacto financeiro dos medicamentos para tratamento de doenças reumáticas, que são de alto custo e disponibilizados pelo SUS, precisamos ressaltar que o maior impacto é o do não tratamento. Pacientes não tratados terão maior nível de complicação, a perda de produtividade do trabalho e, consequentemente, afastamento dos seus empregos, além de maior risco de complicações, como por exemplo doenças cardiovasculares, maior necessidade de internação e, muitas vezes, necessidade de aposentadoria precoce. Portanto, existe tanto impacto direto, quanto o indireto para vida da sociedade como um todo’’, finaliza.
Referências
¹ Doenças Reumatológicas (ufrrj.br)
Sobre a Organon
A Organon é uma empresa global de saúde com foco no desenvolvimento de medicamentos para mulheres. Seu propósito é contribuir para que as mulheres tenham mais saúde e bem-estar em todas as fases da vida. A companhia possui um portfólio de mais de 60 medicações em diversas áreas terapêuticas, como saúde reprodutiva, contracepção, doenças cardíacas e câncer de mama. Entre esses produtos, constam também biossimilares e medicamentos estabelecidos no mercado. Oriunda da farmacêutica MSD, a Organon tem atuação autônoma e cerca de 9 mil trabalhadores espalhados pelo planeta.
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Foto de Keith Tanner na Unsplash
