O imunizante é a maneira mais eficaz de evitar a doença causada pelo vírus da catapora, explica especialista

A doença infecciosa herpes-zóster é causada pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zóster, que está presente em 95% das pessoas – conforme aponta um estudo de 2019 da Universidade de São Paulo (USP). Dessas pessoas, uma a cada três podem manifestar a doença. O número expressivo tem uma justificativa: a vacina contra a varicela surgiu apenas na década de 1990. Antes disso, quem não era vacinado contraía a catapora e, após a cura da infecção, mantinha o vírus no sistema imunológico. Essas pessoas, principalmente após os 50 anos de idade, correm maior risco de desenvolver uma reativação do vírus da varicela, com manifestações dos principais sintomas da herpes-zóster: erupções cutâneas e dor intensa. Em 2022, foi criada uma vacina de maior eficácia contra o vírus: a Recombinante — GSK, que está disponível nas unidades do Frischmann Aisengart e para a modalidade de atendimento móvel do laboratório.

Diante dessa realidade, a dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, infectologista e especialista em vacinas da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil e da qual o Frischmann Aisengart faz parte, faz o alerta: a nova vacina contra a herpes-zóster é a forma mais eficaz e segura de prevenir a doença e está disponível sem necessidade de pedido médico para pessoas com 50 anos ou mais. Adultos de 18 a 49 anos de idade com risco aumentado de herpes-zóster e imunocomprometidos também podem ser imunizados — nesses casos, com pedido médico, obrigatoriamente.

A vacina

“Essa nova vacina, lançada em 2022, é recombinante e inativada, apresenta 90% de eficácia e é aplicada em duas doses. Além de utilizar o vírus inativado, a vacina é chamada de recombinante porque a proteína do vírus é produzida em laboratório numa linhagem de células”, explica dra. Maria Isabel.

A doença

O herpes-zóster é uma manifestação tardia do mesmo vírus causador da catapora, também conhecida como varicela. O vírus da catapora, cujo nome é varicela zóster, fica contido pelo sistema imunológico desde a época em que a pessoa teve a doença até o final da vida. “Com o passar dos anos e o envelhecimento dos indivíduos, a reativação desse vírus pode acontecer em cerca de uma em cada três pessoas. Isto se dá porque o sistema imunológico não consegue mais conter a replicação do vírus e a pessoa apresenta lesões, muitas vezes no tronco, mas também na face. O zóster, como chamamos, é pruriginosa, ou seja, provoca coceira, irritação e pode ser dolorosa durante um período”, alerta a doutora.

Foto de Mufid Majnun na Unsplash

Somos um veiculo de comunicação. As informações aqui postadas são de responsabilidade total de quem nos enviou.