Não depender mais de um único país para o fornecimento de matéria-prima é essencial para as indústrias e o mercado como um todo

A pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia causaram várias mudanças no mundo, uma delas é o possível fim da globalização na indústria, esse fenômeno tem sido chamado de nearshore outsourcing. O termo é muito usado em empresas de TI, e consiste em fazer parcerias com países que fazem fronteira e tem o fuso-horário compartilhado.

De acordo com uma pesquisa feita pela FGV em janeiro deste ano, o aço foi o material que as indústrias mais sentiram falta quando o assunto era escassez de matérias-primas. 9,2% das indústrias apontavam o aço como principal material em falta no mercado. O aço está mais escasso nas indústrias que produzem metais, o número chegou a 50% em junho de 2021.

Antes da pandemia, a China mantinha o status de parceiro super confiável do Brasil, com mão de obra barata, eficiente e confiável. Durante a pandemia este conceito foi quebrado devido às medidas de segurança sanitárias e os lockdowns realizados no país, gerando desconfiança em relação ao fornecimento da cadeia de suprimentos global, fato que motivou empresas a repensar seus modelos de cadeia de suprimentos, sendo o nearshore outsourcing o mais falado e utilizado mundialmente.

Segundo Giovanni Marques da Costa, gerente de marketing da Açovisa, a tendência é vista com muito otimismo uma vez que o Brasil é um dos países com maior parque industrial, sobretudo no setor metal mecânico do hemisfério sul. “Estamos fortalecendo cada vez mais o relacionamento com as empresas do setor metal mecânico da região sul do país que tem construído parcerias com montadoras, empresas de energia e outros setores que têm adotado ao nearshore outsourcing”, comenta Costa.

O Brasil é uma das primeiras opções na escolha de empresas globais na estratégia de aproximação da cadeia de suprimentos, seja abrindo filiais aqui ou elegendo o país como principal fornecedor de matéria-prima. Tirando assim ao longo do tempo a dependência de um único país, como a China.

Recentemente a Açovisa adquiriu a Bardella, a compra foi estrategicamente pensada para não só expandir o portfólio de produtos e serviços, mas também para aumentar a competitividade e alinhamento com as tendências atuais, com a nova planta a empresa pretende abrir um leque bem maior de clientes em todo o Brasil, e essa expansão de território é essencial para atender as necessidades dos mais diversos setores. Investir na expansão dentro do próprio país é um dos pontos que o torna mais vantajoso para o nearshore outsourcing.

O nearshore outsourcing proporciona o crescimento do parque fabril brasileiro, aumento da competitividade do país diante de gigantes industriais como China e Rússia, além disso agrega mais tecnologias industriais para o Brasil, uma vez que o know-how e tecnologia das empresas contratantes será passado para as empresas contratadas.

“Esta tendência vai proteger não só o Brasil, mas os demais países que hoje são muito dependentes de grandes produtores de matéria-prima. No futuro os países terão mais controle sobre suas cadeias de produção, blindando-se de possíveis falta de produtos por dependência de países terceiros” explica Costa.

Sobre a AçovisaA Açovisa possui mais de 25 anos de atuação no mercado de aço e é considerada como umas das líderes do setor de siderurgia nacional. A sede em Guarulhos, com 15.000 m², é equipada com laboratório químico e metalográfico, além de equipamentos de ponta para realizar ensaios, análises e emissão de documentação, como certificados de qualidade. Possui 400 colaboradores em mais de 13 unidades, com presença em todo o Brasil.

Crédito foto: Canva. com

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