Segundo uma pesquisa divulgada pelo Serasa Experian, o setor de cartões e bancos é o responsável pela maior parte das dívidas: 28,2% no total

De acordo um uma pesquisa divulgada pelo Serasa Experian, o Brasil registrou em maio deste ano o número de 66,6 milhões de inadimplentes, o maior desde quando a pesquisa começou, em 2016. Somando todas as dívidas, o valor total é de R$278,3 bilhões, aproximadamente R$4.179,50 por dívida. Já no comparativo com maio de 2021, houve crescimento de quatro milhões de pessoas endividadas. Com os preços dos produtos e serviços subindo desenfreadamente por conta da inflação, os brasileiros estão tendo de buscar diferentes maneiras para conseguir pagar suas contas, como recorrer ao famoso cartão de crédito.

Tanto que, segundo os dados da pesquisa, o setor de cartões e bancos é o responsável pela maior parte das dívidas: 28,2% no total. “De fato, o cartão de crédito acaba sendo uma forma prática de pagar as despesas, mas é necessário cuidado e cautela ao utilizar esse recurso, caso contrário, pode acabar se tornando uma bola de neve e a pessoa acaba ficando com várias dívidas”, explica o educador financeiro Tiago Cespe, criador da Cespe Educação Financeira.

Mesmo com dívidas acumuladas, é importante um planejamento estratégico de organização de modo a evitar o acúmulo de mais dividas e, de maneira gradual, quitar as já existentes. Para tanto, TiagoCespe dá algumas dicas de como fazer seu cartão trabalhar a seu favor:

Criar um planejamento financeiro

Em qualquer situação, manter um planejamento financeiro e uma reserva de emergência é muito importante para a saúde de suas finanças. Seja na aquisição de um bem de maior valor, no planejamento das férias da família ou no pagamento de dívidas acumuladas, se planejar bem é de vital importância para atingir seus objetivos financeiros. Com um planejamento bem organizado e estruturado, não existe a possibilidade de comprometer suas finanças pessoais.

“O planejamento financeiro é uma ferramenta poderosa de estar sempre no controle da situação. Muitas dívidas se acumulam na perda desse controle, quando muitos só vão se dar conta do que gastaram ao receberem a fatura, por isso é importante lembrar que cartão de crédito não é complemento de renda” – explica Tiago.

Houve um tempo em que se planejar demandava tempo, livros-caixa e muito esforço. Hoje, com a ajuda da tecnologia, há aplicativos que podem ser facilmente baixados no celular, permitindo rápido acesso às informações necessárias antes de confirmar um gasto. Além disso, planilhas são ferramentas poderosas para ajudar a entender a situação completa, inclusive com gráficos e tabelas.

Travar o limite do cartão

Seja você um comprador impulsivo ou controlado, é sempre bom definir uma quantia mensal que não comprometa suas despesas pessoais e travar o limite do cartão nessa quantia. O procedimento é simples: bastar ligar para o gerente de sua conta e pedir para fixar o limite no valor desejado. “Fixar o limite do cartão para não comprometer as finanças é uma excelente estratégia. Vale lembrar também que o processo é totalmente reversível: em casos de emergências e contratempos, há a possibilidade de retornar ao limite antigo”, afirma Cespe.

Evite possuir vários cartões

Muitos cartões, muitos problemas. Se administrar um cartão já é difícil, ter de cuidar de vários é pior ainda. Isso porque na maioria dos casos esses cartões extras possuem limites menores, causando a falsa sensação de não estar comprometendo sua renda. Manter apenas um cartão, com limite correspondente ao que você pode gastar, permite que você tire maior proveito de programas de relacionamentos e de milhas. “Muitas pessoas costumam fazer vários cartões de crédito de diferentes instituições ou empresas, e, se o consumidor em questão for do tipo que gasta desenfreadamente, isso pode ser um problema, pois conforme ele vai ultrapassando o limite de um cartão, ele vai utilizando os outros, e só perceberá o estrago no outro mês, quando as faturas chegarem”, pontua o educador financeiro.

Evitar o pagamento mínimo

Embora a opção de pagamento mínimo da fatura pareça ser um recurso auxiliar em momentos de dificuldade, ele é o maior responsável pelo endividamento em cartões de crédito. Isso porque os juros, aplicados com taxas que podem facilmente ultrapassar 300% ao ano, irão incidir sobre o montante não pago.

“Uma dica importante é procurar profissionais especializados em consultorias financeiras, pois eles são capazes de analisar o perfil do consumidor e oferecem uma orientação sobre como funcionam os cartões de créditos e como utilizá-los”, finaliza o educador financeiro.

Sobre a Cespe Educação Financeira

A Cespe Educação Financeira foi criada pelo educador financeiro Tiago Cespe. É uma empresa constituída para ajudar as pessoas a conquistarem todos os seus objetivos por meio de metodologias testadas e comprovadas de forma simples e eficaz. Desmistificando o mercado financeiro e trazendo para o dia-a-dia ferramentas que impulsionarão investimentos, proporcionando qualidade de vida de forma equilibrada e plena.

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