Iniciativa do fundador da CdC com time de conselheiros, se propõe a ampliar acesso à pesquisa e transformar práticas elitistas do setor
A plataforma de moda e design Casa de Criadores anunciou hoje o início das atividades de seu Instituto. O Instituto Casa de Criadores nasce por iniciativa do fundador e curador da CdC, André Hidalgo, e de um Conselho formado pela ativista e pesquisadora Neon Cunha, pelo diretor criativo e comunicador de moda Dudu Bertholini, pelo especialista em design para sustentabilidade André Carvalhal e pelo artista plástico e performer Dudx, diretor criativo da CdC.”
A CdC foi pioneira nas discussões difíceis da moda brasileira. Conforme as tensões e as contradições surgiam, novos espaços de discussão e prática foram sendo criados. A proposta do instituto é mais um passo dessa história em construção”, afirma Hidalgo.
O Instituto descreve sua missão como um processo que visa contribuir na construção de novas bases para o ensino de moda no Brasil. Os pontos de partida vêm de demandas sociais diversas. Além de pensar na questão do acesso em termos de gratuidade e de seleção, o Instituto assume uma postura crítica diante dos fundamentos elitistas da pesquisa e da produção de moda e também diante de suas práticas e estruturas predatórias.
“Democratizar o ensino de moda, e desenhá-lo sob perspectivas não-hegemônicas e decoloniais é primordial para a construção de uma moda nacional que traduza verdadeiramente sua realidade e alcance todo o seu potencial. E o instituto CDC é uma grande ferramenta para isso”, completa Dudu Bertholini.
Com a provocação inaugural “Que moda, para qual mundo?”, o primeiro projeto do instituto é um módulo de pesquisa e criação que será oferecido gratuitamente a um grupo de 300 pessoas e também para os estilistes da Casa de Criadores. Em breve divulgaremos todas as informações sobre os cursos.
Missão
Criar novas bases para a educação em moda e design no Brasil a partir de um entendimento de que não há um centro do mundo nem uma cultura que deva servir de base colonizadora para todas as demais. Escutar e transformar a partir de culturas que têm sido sistematicamente silenciadas.
Democratizar o acesso ao estudo e à pesquisa cultural, não por meio de mecanismos de “inclusão” ditos neutros, mas tendo como guia a demanda social para que a voz de grupos oprimidos e subalternizados seja ouvida e possa pautar novas manifestações de moda e design que não se acovardem diante das questões e conflitos de seu tempo.
Investir em processos que abram caminho para novas gerações de criadores em condições e dinâmicas que considerem os fundamentos e o desenvolvimento de uma economia solidária.
Para acessar os conteúdos e anúncios do Instituto:
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