Estimativa prevê mais de 68 mil novos casos de câncer de próstata e cerca de 7 mil de bexiga no Brasil neste ano

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que em 2018 o Brasil terá aproximadamente 75 mil novos casos de tumores urológicos, aqueles que afetam a próstata, pênis, testículos, rins ou bexiga. Somados, esses tumores correspondem a 35% do número total de casos de câncer que devem acometer a população masculina.

Esse panorama coloca em pauta a relevância da eficácia e da escolha dos tratamentos disponíveis, assunto que será debatido no IX Congresso Internacional de Uro-Oncologia, realizado entre 1 a 3 de março no hotel Sheraton WTC em São Paulo.

Daniel Vargas Pivato de Almeida, médico do Centro Oncológico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, instituição de referência em tratamento de câncer no Brasil, explica que os tumores urológicos podem ser tratados de diversas formas e que a escolha do método mais adequado envolve muitos fatores, entre eles a opinião do próprio cliente. “O estágio e a agressividade da doença, a idade e as doenças pré-existentes são fatores que podem ser determinantes para definir o tratamento. Nesse contexto, o cliente participa ponderando os riscos e potenciais efeitos adversos de cada método de tratamento e auxilia o médico na escolha da melhor estratégia”.

O câncer de próstata, que representa mais de 90% dos novos tumores do aparelho geniturinário estimados para o ano de 2018 no Brasil pelo Inca, pode ser tratado por meio de cirurgias, radioterapia e a associação desses dois recursos com o apoio de medicamentos.

As intervenções cirúrgicas pela via aberta ou por vídeo para retirada da próstata são tratamentos realizados com frequência e que nos últimos anos vem sendo cada vez mais realizadas com a ajuda robôs cirúrgicos. “O uso da cirurgia robótica nas intervenções radicais da próstata possui alguns benefícios não necessariamente relacionados apenas à eficácia do procedimento. Os estudos defendem que as cirurgias robóticas causam menor perda sanguínea e dores menos intensas após a cirurgia, bem como a redução do período de internação e recuperação pós-operatória”, esclarece o médico da BP.

A radioterapia, que consiste na emissão de radiação sobre as células cancerosas, também é uma alternativa terapêutica para o câncer de próstata. A atualização dos equipamentos e o trabalho conjunto das equipes multidisciplinares envolvendo radiologistas, oncologistas clínicos e cirurgiões diminuíram significativamente os efeitos colaterais desse tipo de tratamento.

O câncer de bexiga, o segundo na lista dos tumores urológicos mais incidentes, com previsão de 7 mil casos para 2018 no Brasil, tem a cirurgia como principal método de tratamento. Em alguns casos a aplicação local de medicamentos também pode ser adotada. A radioterapia nos tumores de bexiga é de uso mais restrito e pode ser considerado um tratamento menos radical e com boas chances de sucesso nos casos selecionados.

Os outros tipos de câncer urológicos são raros. Os tumores de pênis, testículos e rim não tem estatísticas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

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