Os pais podem preparar a garotada com antecedência, tornando o processo de transição mais tranquilo
Adaptar-se a uma nova rotina, horários e métodos de ensino podem gerar uma grande ansiedade e nervosismo nas crianças. Afinal de contas, não conviver mais com os colegas, professores, regras e território já conhecidos pode ser complicado inicialmente e, por isso, os pais devem preparar os pequenos para que não fiquem assustados e rejeitem a nova escola.
Em algumas situações a troca de colégio se torna necessária, já que algumas instituições não possuem o ensino fundamental, por exemplo. A psicóloga Mariane Santiago Mendes, do Hapvida Saúde, explica que neste contexto a preparação para a transição escolar deve ser realizada durante o ano letivo. “Os responsáveis devem realizar este processo juntamente com o aluno, o convidando para conhecer a nova instituição de ensino e pontuando seus fatores positivos com o objetivo de estimular a socialização ao novo ambiente escolar”.
Os sentimentos de ansiedade, estresse, medo, desmotivação e isolamento em fases de transformações acontecem independentemente da idade. “As emoções e sentimentos das crianças com relação ao processo de mudança escolar estão ligados as experiências que passaram durante a vida, resultando em vivências prazerosas ou desagradáveis”, comenta a especialista.
Estar atento aos sinais contribui para ajudar o outro a lidar melhor com a situação. Assim, sugerimos quatro dicas que podem ser consideradas na hora de auxiliar a criançada neste período de mudanças. Confira!
Escolha do novo colégio: escolher a instituição de ensino juntamente com a criança, levá-la para visitar o ambiente, como a sala de aula, áreas de lazer e refeitório, apresentar os materiais de ensino e formas de aprendizagem pode deixar o processo mais tranquilo e confortável antes do início das aulas.
Adaptação da criança: nos casos de problema com adaptação, o colégio deve avisar aos pais e continuar observando o aluno para entender como ajudá-lo. Em algumas situações, o suporte psicológico analisa os motivos da falta de adaptação, colaborando para saná-los. Este trabalho deve ser realizado a partir da parceria entre psicólogo, responsáveis e instituição de ensino. “Os responsáveis devem escutar as duas versões: a da criança e a da escola. Caso ocorra divergências entre as histórias, em algum dos discursos, é necessário apurar com mais cautela para solucionar o ocorrido”, enfatiza a psicóloga.
Nova rotina: estabelecer uma rotina com horários para alimentação, estudos e diversão favorece para criar hábitos saudáveis, proporcionando a sensação de organização, segurança e um ambiente estável para a família, especialmente para os pequenos. “Caso a rotina escolar exija mudanças de novos horários, regras e novos professores, será preciso analisar como reajustar os horários dos estudos de forma que não comprometa as outras atividades diárias da criança”, complementa.
Com o passar do tempo, o aprendizado estimulará sua independência e autonomia, mas vale ressaltar a importância de saber a hora de ser flexível para que a rotina não se torne algo negativo.
Primeira escola: mudanças que ocorrem de forma ríspida aumentam os riscos do sentimento de desamparo, então o estímulo a socialização da criança com outros indivíduos antes do início do ano letivo contribui para um processo de independência mais eficaz. Conhecer a escola previamente também ajudará a deixá-lo mais seguro com a novidade.