Especificações técnicas e modelos variam de acordo com o local e o tom escolhido
Na hora de reformar ou construir, a composição de um projeto é essencial para garantir um bom resultado. Além da escolha do conceito arquitetônico e das características do décor, um bom planejamento luminotécnico faz toda a diferença. Para as áreas externas, os cuidados devem ser ainda maiores, devido à exposição ao clima. No entanto, se engana quem pensa que apostar em uma boa iluminação para área externa é sinônimo de dor de cabeça.
Convidamos Matheus Joukoski, da iLustre Representa, e Francile Bagatoli, proprietária da Luna Luce Iluminação, para responder as maiores dúvidas sobre o assunto.
Escolha a lâmpada ideal
Para decidir qual a lâmpada perfeita para seu projeto é importante avaliar a altura e ângulo que ela estará localizada, além da sensação que deseja proporcionar. Para um tom mais aconchegante e intimista, recorrentes em ambientes residenciais, é indicado o uso de temperaturas mais baixas e quentes, variando entre lâmpadas de 2400 a 3000 k.
Já para um ambiente em que é necessária mais atenção, as luzes mais frias são ideais, variando de 4000 a 5700 k. “É muito importante acertar na questão da temperatura até mesmo pela questão do ciclo circadiano, que regula todo nosso organismo e é influenciado pela luz”, comenta Matheus.
Ilumine de acordo com o ambiente
Cada ambiente pede um tipo de iluminação. Corredores e trajetos requerem um tom mais acolhedor e discreto, sem muita potência, apenas para atuar como guia. Já decks e jardins costumam contar com pontos de luz direcionados, que focam em detalhes específicos.
“A iluminação externa também atua na segurança de uma família. Um exemplo são as piscinas, que devem ser iluminadas no entorno e dentro para evitar acidentes”, acrescenta Francile.
Utilize o material adequado
Peças criadas propriamente para o uso externo são mais resistentes às variações climáticas, como chuva, luz do sol, vento e umidade. Matheus dá o exemplo de produtos que já vem com o led integrado em comparação aos que permitem a troca da lâmpada.
“Muitas pessoas entendem que a possibilidade da troca é melhor, já que traz mais versatilidade quando a lâmpada queima. No entanto, como o produto não foi projetado para a área externa, ele acumula calor e, quando trocado, abre espaço para poeira e sujeira, criando um círculo vicioso de trocas”, explica.
Qual modelo usar?
Os modelos variam de acordo com as possibilidades e necessidades do espaço. É claro que nenhum uso é engessado, podendo atuar conforme a criatividade de quem o faz. Separamos algumas sugestões para ajudar na hora da construção ou reforma:
Arandelas – Mais utilizadas como objetos decorativos, as arandelas ajudam a compor o ambiente. Atuam com iluminação indireta e em pontos específicos.
Balizadores – Os balizadores são utilizados para indicar o caminho, como em decks e corredores.
Poste – Perfeitos para criar uma referência visual, os postes possuem uma enorme gama de tamanhos e modelos. Geralmente possuem abertura de 360°.
Spot – Possuem ângulos mais fechados e são ideais para a iluminação focada. Os spots podem estar acoplados em arandelas, balizadores e postes.
crédito fotos: Marcelo Aniello