Mostra, que será realizada no Palácio das Mangabeiras, entre os dias 03 de setembro e 13 de outubro, contará com 60 ambientes, assinados por 94 profissionais das áreas de arquitetura, design de interiores e paisagistas.
A 25ª edição da CASACOR Minas será realizada entre os dias 03 de setembro e 13 de outubro, no Palácio das Mangabeiras, imóvel tradicionalmente utilizado como residência pelos governadores de Minas. A maior mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas, contará com 60 ambientes, que serão assinados por 94 profissionais. O tema apresentado neste ano será “PLANETA CASA“. A ideia por trás desse conceito é fazer com que os frequentadores tenham uma reflexão sobre como a nossa relação com o mundo influencia o nosso jeito de morar. Atentos à questão da sustentabilidade, diversos ambientes da mostra estão sendo construídos com técnicas que reduziram a geração excessiva de resíduos não só nos canteiros de obras, mas também nos custos, além de proporcionar maior agilidade na construção.
Cerca de 500 profissionais entre arquitetos, design de interiores, paisagistas, pedreiros, pintores, marceneiros, jardineiros e soldadores trabalham, diariamente, na construção e finalização dos ambientes, que ocorrerá ainda nesta semana. Até o momento, considerando todos os projetos, foram investidos aproximadamente R$ 10 milhões apenas na área de construção civil. “Desse total, contabilizamos cerca de R$ 4 milhões investidos nos jardins. Os outros R$ 6 milhões fazem parte da montagem das construções”, destaca Eduardo Faleiro, diretor da CASACOR Minas. Outro custo apontado por ele é o de manutenção do Palácio das Mangabeiras, que chega a cerca de R$80.000,00/mês.
Com todo esse aporte financeiro, além, é claro, do local escolhido para ser sede da mostra deste ano, que será aberto pela primeira vez ao público, faz com que a expectativa do número de visitantes da CASACOR Minas 2019 seja o maior da história do evento. De acordo com Juliana Grillo, diretora comercial da mostra, cerca de 70 mil pessoas são esperadas ao longo dos 40 dias de visitação. “Estamos radiantes com a oportunidade de comemorar 25 anos da CASACOR Minas em uma das construções mais emblemáticas do estado”, comemora.
E para conseguir atrair milhares de visitantes, um time de peso formado por renomados profissionais e jovens talentos foi convocado para encantar os visitantes. Nomes como Flávio Bahia, que esteve na primeira edição da mostra, em 1995, assim como Gustavo Penna, Pedro Lázaro, Estela Netto e Júnior Piacesi. Outros expoentes com diversas participações ao longo de suas carreiras e que também estarão no time de 2019 são: Mário Caetano, Ângelo Coelho, Cristina Morethson, Juliana Vasconcellos e Valéria Junqueira.
Soma-se ao elenco Rodrigo Aguiar, Will Lobato, Rodrigo Castro, Rodrigo Maakaroun, Sílvia Carvalho, Luis Gustavo, João Lucas, Joana Hardy, Antônio Valadares, Tereza Valadares, João Diniz, Bel Diniz, José Lourenço, Mariza Rizck Magalhães, Felipe Fontes, Betina Marques, Gabriel Passos, Túlio Manata, Fernanda Boratto, Vera Valenzuela, Nagela Rigueira Aud, Wanderlan Pereira, Lucas Lage, Andréia
Campolina, Bárbara Drummond, Carolina Melgaço, Cynthia Silva, André Prado, Paula Zasnicoff, Tina Barbosa, Júlia Belisario, Carol Horta, Filipe Pederneiras, Karina Polatscheck, Érika Steckellberg, Graziela Costa, Kívia Costa, Mira Mundim, Renata Paranhos, Sheila Mundim, Juliana Couri, Maria Gabriela Nogueira, Natacha Nacif, Felipe Soares, Renata Basques, Érika Viana, Flávia Freitas, Flávio Lobato, Erly Hopper, Evaldo Rios e Maluh Amorim.
Entre os estreantes desta edição estão Marina Diniz, Paula Guimarães, Nídia Duarte, Carla Cruz, Rita Cruz, Philipe Pinheiro, Letícia Longuinho, Carolina Campos, Maria Clara, Igor Zanon, Daniel Tavares, Marcus Paschoalin, Bárbara Barbi, Murad Mohamad, Jéssica Sarriá,Uriel Rosa, Filipe Castro, Atamar Lorrani, Francisco Mascarenhas, Carol Quinan, Andréa Pinto Coelho, Mário Caetano, Aline Castro, Natália Freitas e Laura Penna.
Destaques
Recuperar parte da história da obra feita por um mestre do paisagismo. Esse é o desafio que é Nãna Guimarães se propôs a realizar na mostra deste ano. A profissional é a responsável pelo Jardim Burle Marx. A cena, que terá aproximadamente 400 metros, visa restaurar o projeto inicial assinado por Burle Marx nos jardins do Palácio das Mangabeiras. Para recriar parte desse ambiente da década de 1950, ela conseguiu obter seis espécies de plantas nativas brasileiras utilizadas por famoso paisagista: a Guaimbé, Camará, Bela Emília, Trapoeraba Roxa, Giesta e Agave.
Presente pela primeira vez na mostra, Janaína Pacheco é a responsável pela arquitetura do projeto Casa dos Eucaliptos. O trabalho é feito em parceria com Maurício Bonfim, que assina todo o design de interiores e mobiliário do local. O conceito da casa é o de ser um ambiente totalmente integrado à natureza, uma vez que o espaço possui uma estrutura metálica com panos de vidros cercado por uma pequena floresta de eucaliptos. Dentro do ambiente, ainda será possível encontrar três modelos da espécie, que foram integradas ao projeto, além da oportunidade de contemplar a vista das montanhas. Espelhos serão colocados na natureza para fazer com que as pessoas olhem para si, em uma profunda ligação com o meio ambiente.
Com aproximadamente 250m², o espaço Living, assinado pela arquiteta Estela Netto, foi construído por meio da técnica construtiva em treliça metálica espacial e steel framing. Esse procedimento também gerou menos resíduo e maior celeridade na edificação. O projeto possui Home Cinema, Espaço Gourmet, Adega e Lounge da Lareira. O conceito do ambiente é de ser de um espaço totalmente voltado para o lazer e diversão, seja em uma reunião familiar ou encontro entre amigos. São destaques da cena a entrada de luz natural, que ocorre através de um pergolado e grandes vãos de vidro, o uso de materiais e texturas naturais, além da inserção de tecnologia no espaço, que é totalmente automatizado através da iluminação e sonorização.
Em sua quarta participação na CASACOR, Flávia Roscoe assina o projeto Suíte do Governador. O conceito da montagem do ambiente nasceu da seguinte reflexão feita por ela: “O que é ouro para você?”. Essa observação tem como objetivo apontar as responsabilidades que os políticos que ocuparam o local possuíam, não no sentido material, mas no de valorizar o que é do povo, no verdadeiro propósito de habitar aquele espaço.
Os visitantes encontrarão, ao longo do ambiente, tons discretos em dourado, uma mesa de trabalho, uma poltrona de leitura de frente para uma bela vista, uma mesa para tomar o café da manhã, um painel atrás da cama que remete à época da construção da casa na década de 1950, além de várias obras de arte. A ideia é criar a sofisticação e a leveza do acolhimento em um mesmo local.
Norah Fernandes e a estreante Bárbara Nobre são as responsáveis pelo projeto Gabinete. Por meio de uma pesquisa realizada para entender como era o uso do local, além de valorizar os objetos originais da década de 1950, as profissionais optaram por contar a história do lugar por meio da decoração. Peças como um painel e uma sanca de iluminação de estrutura metálica daquela época foram restauradas. Um sofá do período também será instalado no ambiente. Para trazer contemporaneidade, móveis no estilo Hi-Tech, como cadeiras ergonômicas, irão compor a cena. O grande diferencial é que o público encontrará um novo conceito de layout para escritório.
O Pavilhão Office, assinado por Fernanda Villefort, traz a concepção de espaço corporativo onde a afetividade ganha espaço e aproxima o usuário de elementos multissensoriais. O ambiente propõe um percurso em forma de galeria para contemplação e comunicação com a arte, além de uma setorização integrada entre três esferas: BUSINESS (reuniões/conexão com o outro) + MEETING (treinamento / palestras / conexão com o mundo) + COWORKING (trabalho individual / conexão consigo mesmo / foco). Uma grande bancada de apoio serve para oferecer desde o típico cafezinho até o atual happy hour. Já na parte da arquitetura, a proposta é de trabalhar com materiais naturais e muita integração entre o interior e o exterior. Para isso, foi criado um invólucro em aço corten com faixas ritmadas e intercaladas com o vidro incolor para gerar sensações e intensidades de luz também variadas. Há ainda a presença de um jardim vertical natural que dialoga com o entorno e enfatiza a importância da conexão com a natureza.
Um espaço de pesquisa e de descobertas. Assim, Ana Bahia e Sarah James descrevem o projeto Cozinha Funcional. O objetivo foi criar um espaço propenso às experiências, sejam elas sensoriais ou espaciais. A cena propõe diversas maneiras de uso e ocupação do local, como aulas de culinária, jantares, palestras e reuniões ao ar livre. Um dos pontos altos do ambiente é o design de mobiliário feitos com materiais como ônix, inox, pedra sabão e feltro, que serão utilizados de uma maneira inusitada. A arquitetura foi pensada como um bloco cujos ângulos não retos provocam diferentes visadas a cada ponto de partida.
Preservação e patrimônio
O convênio de cooperação celebrado em junho entre o Estado e a Codemge destaca a importância da adequada manutenção e preservação do Palácio das Mangabeiras, que tem projeto inicial de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, com jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx. Além do evento, a proposta é que a CASACOR promova benfeitorias, obras de infraestrutura, restauro, recuperação, manutenção e vigilância do espaço a ser ocupado por ela durante o período médio de seis meses ao ano, pelos próximos quatro anos.
Durante a 25ª edição da mostra, o público vai poder conferir o resultado do trabalho, promovido pela CASACOR, de resgate e restauro do projeto paisagístico e arquitetônico do Palácio. Uma parte do jardim, inclusive, já poderá ser vista com as espécies originais, em
conformidade com o desenho de Burle Marx. Para Eduardo Faleiro, o evento é uma oportunidade de abrir a porta de edifícios emblemáticos, que todos têm vontade de conhecer. “Só valorizamos aquilo que conhecemos. Então, temos uma luta muito grande na valorização do patrimônio histórico e consideramos a importância de que a população conheça, entre, entenda a beleza e ajude, de uma forma conjunta, a preservar mais o que ainda nos restou de memória da cidade”, conclui.
Sustentabilidade
Encarregada pela gestão dos resíduos gerados na CASACOR, a Aterra é a parceira sustentável da CASACOR Minas e atende a todos os projetos desta edição. A empresa é responsável pela correta destinação de rejeitos de obra. Todo o material recolhido até o momento está sendo destinado a um aterro de resíduos da Construção Civil – Classe A, que tem como característica reutilizar ou reciclar os sedimentos condicionados. De acordo com o diretor operacional da instituição, Bruno Giovannini, foram recolhidas até o momento 61 toneladas de resíduos, sendo 70% de entulhos/podas de árvores e plantas, 10% de papelão, 8% de metais e 12% de outros materiais. Esse volume de detritos representa 47% do total dos sedimentos retirados na mostra de 2018, quando foram coletados 13.000kg de entulhos, 1.902 kg de papelão, 1.493kg de metalon, 102kg de plástico e 3.000kg de entulho reaproveitado. A expectativa é de que até o final da mostra deste ano, quando ocorrerá a desmontagem de todos os ambientes, sejam recolhidas 200 toneladas de rejeitos. Os materiais de revestimentos de parede e pisos serão destinados a projetos sociais. Destaca-se ainda a parceria com a Optpower, empresa encarregada por fornecer toda a energia elétrica da mostra, por meio de placas fotovoltaicas, transformando a mostra em um ambiente sustentável, também, em termos de energia.
Sobre o Palácio das Mangabeiras
Inaugurado oficialmente em 1955, o Palácio das Mangabeiras foi construído entre 1951 e 1955 para ser a residência oficial dos governadores de Minas Gerais. A edificação vem sendo utilizada para esta finalidade desde a sua inauguração, ocorrida durante o governo de Juscelino Kubitschek. Tudo indica que o projeto arquitetônico é assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Já o projeto paisagístico original é de Roberto Burle Marx, duas grandes referências em suas áreas de atuação. Localizado aos pés da Serra do Curral, o Palácio segue o estilo modernista. Apesar de não ter as dimensões que outros palácios tradicionais da cidade como o da Liberdade, por exemplo, o Palácio das Mangabeiras tem uma importância histórica para a política de Minas Gerais, sendo palco de inúmeras reuniões e encontros decisivos.
Sobre a CASACOR Minas
A CASACOR é reconhecida como a maior e melhor mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas e reúne, anualmente, renomados profissionais. Em 2019 chega à sua 25a edição em Minas Gerais e com mais de 20 eventos nacionais (Alagoas, Bahia, Brasília, Campinas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Interior de SP, Litoral de SP, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina) e seis internacionais (Miami, Peru, Chile, Equador, Bolívia e Paraguai).
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Sobre a Multicult
A Multicult é uma empresa promotora de eventos diversos, entre eles a CASACOR Minas, que, em 2019, completa 25 edições ininterruptas. A proposta da empresa é promover e empreender projetos e iniciativas nas áreas de Cultura, Arquitetura, Design, Gastronomia e Urbanismo. O portfólio de ações desenvolvidas com a assinatura da Multicult reúne eventos diversos que se destacam por promover não apenas entretenimento, mas também uma plataforma de inspiração, informação e networking. Outro foco de atuação da empresa é a promoção de iniciativas que contribuam para a preservação da memória e da identidade urbana.
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crédito fotos: Jormar Bragança