Mercado de bens duráveis deverá crescer 6% em 2018, na comparação com 2017
As vendas de bens duráveis devem crescer 6% em 2018 na comparação com o ano passado, segundo o estudo mais recente da GfK, em parceria com a 4E Consultoria. A cesta de bens duráveis inclui linha branca, eletrônicos, eletroportáteis, telefonia e informática. Com esse desempenho, o faturamento do setor deverá atingir um patamar em torno dos R$ 107 bilhões, níveis de 2014, antes de a crise econômica assolar o país.
De janeiro a agosto deste ano, as vendas do setor cresceram 8%, muito puxadas pelo desempenho de TV’s (crescimento de 30% de janeiro a agosto de 2018 ante 2017) no primeiro semestre, ano de Copa de Mundo.
Já a data sazonal mais importante do ano, a Black Friday, que desde 2016 desbancou o Natal e este ano acontecerá no dia 23 de novembro, deverá ter um crescimento tímido, da ordem de 5% na comparação com 2017. Em sua última edição, em novembro passado, as vendas de bens duráveis somaram 11,7 bilhões de reais no país. “Depois de anos crise e retração, estamos recuperando os níveis de faturamento de quatro anos atrás”, afirma Gisela Pougy, diretora da GfK e coordenadora do estudo.
Ainda de acordo com a GfK, o desempenho das vendas no período natalino (9,2 bilhões de reais em 2017) já perdem, em faturamento, para o chamado Saldão, que acontece nas primeiras semanas de janeiro, (faturamento de 9,7 bilhões de reais) e para a Dia das Mães, com faturamento de 9,5 bilhões de reais. “A explicação para esse fraco desempenho de Papai Noel é que as pessoas buscam, cada vez mais, programar suas compras de bens duráveis para pagar menos em datas tradicionalmente de descontos e de preços mais baixos” assegura Gisela.
Alguns produtos tiveram destaque para compor este resultado. Os televisores, que em ano de Copa do Mundo são muito procurados, tiveram um crescimento de 30% entre janeiro e agosto de 2018 frente ao mesmo período de 2017. Já os aparelhos de som, equipamentos da mesma categoria que as TV’s tiveram uma retração de 12%. “A greve dos caminhoneiros também afetou o setor, especialmente no canal online. Sem dúvida, 2018 foi um ano atípico por diversos elementos, incluindo as eleições, que interferem sobremaneira na confiança do consumidor” avalia Gisela Pougy, diretora da GfK e responsável pela análise.
Com um crescimento bem mais expressivo, o canal online cresceu 10%, entre janeiro e agosto de 2018, em relação ao mesmo período de 2017. No Brasil, o canal online é responsável por 22% de todas as vendas de bens duráveis. Na América Latina, este percentual é um pouco mais baixo, 18%. Na Europa, o mais alto de todos, 24%. Já na média mundial, o canal online responde por 21% das vendas de bens duráveis. Esta média aumenta bastante na região sudeste do Brasil, 28%. Por outro lado, a região norte é que faz menos compras através do canal online, apenas 14%. “O canal físico ainda tem uma representação muito expressiva nas vendas de bens duráveis. Mas, hoje, para este consumidor omnichanel, que hora está no canal físico, hora no digital, ele é quem decide onde a compra será realizada. Não existe mais uma fidelidade pelo canal e sim por marca, seja ela do fabricante, seja do varejista”, finaliza Gisela.
Sobre a Gfk
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