O maior levantamento sobre o tema já feito no Brasil analisa o comportamento cultural de moradores de 12 metrópoles de todas as regiões do Brasil;
Ø Curitibanos são os que mais frequentam museus (38%), empatados com os moradores de Belo Horizonte;
Ø Quase 40% dos moradores da capital paranaense foram a pelo menos seis atividades culturais no último ano;
Ø Frequência a festas populares reflete a importância da imigração na cidade;
Ø Pesquisa foi desenvolvida pela JLeiva Cultura & Esporte, responsável pela análise dos dados, e pelo Datafolha, a cargo do levantamento de campo e processamento das informações.
A capital do Paraná divide com Belo Horizonte a primeira colocação em frequência a museus entre as maiores metrópoles brasileiras, de acordo com a pesquisa Cultura nas Capitais, divulgada nacionalmente nesta terça-feira (24). O índice de visita a museu no período de 12 meses anterior à pesquisa é de 38%; as atividades culturais preferidas dos curitibanos são ida ao cinema (68%) e leitura de livros (67%).
A pesquisa também destaca que 37% dos moradores de Curitiba foram a pelo menos seis atividades culturais nos 12 meses anteriores à realização do levantamento. Também vale ressaltar que a frequência dos curitibanos a festas populares (36%) reflete a importância da imigração na cidade. Depois das festas juninas (68%), que lideram o quesito nas 12 capitais pesquisadas, os eventos festivos mais citados em Curitiba foram aqueles que celebram a chegada de poloneses, italianos, japoneses, alemães e outros imigrantes, com 10% de menção dos entrevistados que afirmaram comparecer a festas populares.
Além de Curitiba, também fizeram parte do estudo Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.
Desenvolvido pela JLeiva Cultura & Esporte, responsável pela análise dos dados, e pelo Datafolha, a cargo do levantamento de campo e processamento das informações, o estudo abordou 602 moradores de Curitiba, entre 14 de junho e 27 de julho de 2017, sobre suas práticas culturais ao longo dos 12 meses anteriores.
Espaços mais frequentados
Outro ponto abordado pelo estudo foram os espaços culturais mais conhecidos e frequentados. A Biblioteca Pública do Paraná lidera o quesito – 61% já esteve no local. Os números mostram, ainda, que 60% da população da capital paranaense já foi ao Teatro Guaíra, e 98% já ouviram falar do local. O Museu Oscar Niemeyer também já foi visitado por 60% dos curitibanos, e 96% sabem da existência do espaço.
Livro e plataforma digital interativa
Os dados detalhados e as principais conclusões da pesquisa estão compilados na publicação Cultura nas Capitais: como 33 milhões de brasileiros consomem diversão e arte, lançado nesta terça-feira (24). O livro contém 180 infográficos e análises assinadas por especialistas de 15 temas abrangidos pelo estudo: Tempo livre, Acesso e Prática, Educação, Renda, Gênero, Idade, Religião, Cor da Pele, Cultura e Tecnologia, Música, Artes Visuais, Artes Cênicas, Audiovisual, Políticas Públicas e Cidades.
Todas essas informações estão também disponíveis para acesso público e gratuito no site: http://www.culturanascapitais.com.br. A plataforma interativa permitirá ainda o cruzamento livre de dados compilados, servindo como importante ferramenta de análise para o usuário.
Seminários em sete capitais
O projeto contempla ainda seminários em sete das capitais analisadas pela pesquisa. O primeiro foi realizado nesta terça-feira (24), na Pinacoteca, em São Paulo. Na próxima segunda-feira (30), ele será apresentado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Na quarta-feira (1º de agosto), a apresentação acontece em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil. Na sequência, os seminários serão recebidos em Belém, em 9 de agosto, no SESC Boulevard; Salvador, 22 de agosto, no Teatro Gregório de Mattos; Curitiba, 29 de agosto, na Capela Santa Maria. Os detalhes do seminário de Manaus serão anunciados em breve.
Cultura nas Capitais é uma realização da JLeiva Cultura & Esporte, do Ministério da Cultura, do Governo Federal e do Governo do Estado de São Paulo, com patrocínios do Instituto CCR e da Braskem e apoio da ProAc ICMS do Estado de São Paulo, da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e da Fundação Roberto Marinho.
Metodologia
A pesquisa da JLeiva Cultura & Esporte ouviu 10.630 pessoas com idade a partir de 12 anos, entre os dias 14 de junho e 27 de julho de 2017. As pessoas foram abordadas pessoalmente em pontos de fluxo. O questionário, com 55 perguntas, traçou um panorama dos hábitos culturais dos moradores de 12 capitais brasileiras, apontando as atividades mais e menos praticadas.
O estudo procura entender como algumas variáveis demográficas, sociais, econômicas e comportamentais (sexo, idade, escolaridade, renda, estado conjugal, presença de filhos, cor e religião) influenciam a vida cultural da população, aproximando ou afastando os moradores do cinema, do teatro, do circo, de shows de música e de outras atividades culturais. A pesquisa também explora a forma pela qual o brasileiro se relaciona com o audiovisual, as artes cênicas, as artes visuais e a música. Além de perguntas sobre as motivações e barreiras que aproximam e afastam as pessoas de algumas atividades, o estudo também traz questões que avaliam o impacto das novas tecnologias e a forma pela qual a população escolhe as suas atividades culturais.
Para melhor interpretar os resultados, a JLeiva Cultura & Esporte analisou as respostas utilizando um modelo de regressão – equações que estimam as relações entre as variáveis de uma pesquisa. O objetivo foi compreender com mais precisão o impacto de cada característica dos respondentes (como sexo, idade e religião) na frequência às atividades culturais. Com essa metodologia, conseguiu-se uma abordagem inédita sobre acesso à cultura no Brasil.
No conjunto das 12 capitais, a margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Nos resultados de cada município, a margem varia de 2 a 4 pontos.
Sobre a JLeiva Cultura & Esporte
Consultoria especializada no desenvolvimento e implantação de políticas de marketing cultural, esportivo e social de empresas e instituições públicas ou privadas. Com amplo conhecimento do mercado brasileiro, a JLeiva Cultura & Esporte orienta as empresas e instituições no desenvolvimento de estratégias alinhadas com sua visão, sua missão e seus valores, e com as necessidades e oportunidades dos mercados cultural e esportivo. Atuando desde 2004, participou da realização de mais de 500 projetos culturais e esportivos, da área social ao entretenimento, nas mais diferentes cidades e regiões do Brasil.
Sobre o Instituto CCR
O Instituto CCR, uma entidade privada sem fins lucrativos, nasceu em 2014 com o objetivo de estruturar a gestão de projetos sociais, culturais, ambientais e esportivos apoiados há mais de dez anos pelo Grupo CCR. Por meio do Instituto CCR são viabilizados projetos, com recursos próprios da companhia e oriundos de leis de incentivo, com foco prioritário em quatro áreas: Saúde e Qualidade de Vida; Educação e Cidadania; Cultura e Esporte; Meio Ambiente e Segurança Viária. Comprometido com o desenvolvimento sustentável, socioeconômico e cultural nas regiões onde atua, o Grupo CCR se orgulha de ter levado mais de 500 projetos para 130 cidades que, desde 2003, já beneficiaram cerca de 8 milhões de pessoas com investimentos de R$ 261 milhões em projetos estruturados.
Sobre a Braskem
Com uma visão de futuro global, orientada para o ser humano, os 8 mil Integrantes da Braskem se empenham todos os dias para melhorar a vida das pessoas, criando as soluções sustentáveis da química e do plástico. É a maior produtora de resinas das Américas, com produção anual de 20 milhões de toneladas, incluindo produtos químicos e petroquímicos básicos, e faturamento de R$ 55 bilhões em 2016. Exporta para Clientes em aproximadamente 100 países e opera 41 unidades industriais, localizadas no Brasil, EUA, Alemanha e México, esta última em parceria com a mexicana Idesa.
Sobre a Fundação Roberto Marinho
A convicção de que a comunicação pode ser instrumento para transformação social motivou Roberto Marinho a criar, em 1977, a Fundação Roberto Marinho (www.frm.org.br). Entre os projetos desenvolvidos, destacam-se o Telecurso – tecnologia educacional reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e adotada como política pública em estados e municípios. É utilizado para a aceleração da aprendizagem nos ensinos Fundamental e Médio; na Educação de Jovens e Adultos (EJA); como alternativa ao ensino regular em cidades e comunidades geograficamente dispersas e como reforço escolar em todas as idades. Já formou, desde 1995, 1,6 milhão de jovens e adultos nos ensinos fundamental e médio; o Aprendiz Legal, programa de educação profissional que garante o acesso de jovens de 14 a 24 anos ao primeiro emprego, cria condições para que permaneçam na escola, avancem nos estudos e também combate o trabalho infantil; os museus da Língua Portuguesa e do Futebol (SP), MAR – Museu de Arte do Rio, Museu do Amanhã e Museu da Imagem e do Som – em construção (RJ), Paço do Frevo (PE) e Casa da Cultura de Paraty (RJ); o Futura, projeto social de comunicação, com programação que alia entretenimento e conhecimento útil para a vida com ações de mobilização social. Está disponível, gratuitamente, na TV e na web (Futuraplay.org).
crédito foto: Alma de Turista