Com aumento de diagnósticos de autismo, Genial Care aposta em terapias lúdicas e capacitação profissional para promover inclusão e desenvolvimento infantil
O autismo, transtorno do neurodesenvolvimento com impacto na comunicação, interação social e comportamentos, está cada vez mais em evidência no mundo. Dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) mostram que, em 2020, 1 em cada 36 crianças nos Estados Unidos recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Há 20 anos, esse número era de 1 em cada 150 crianças. Esse avanço reflete maior acesso ao diagnóstico e conscientização, mas também revela a urgência por profissionais capacitados e abordagens inclusivas no cuidado com essas crianças.
O mercado de saúde atípica acompanha essa demanda crescente. Nos Estados Unidos, o segmento de terapias para autismo movimentou aproximadamente US$ 2,7 bilhões em 2023, segundo estimativa da Grand View Research.
No Brasil, estima-se que haja mais de 2 milhões de pessoas com TEA, segundo dados da OMS. Com o aumento da conscientização, o mercado de healthtechs voltadas para autismo cresce de maneira consistente. Entretanto, o setor ainda busca se consolidar, mas avança rapidamente, impulsionado por healthtechs como a Genial Care, líder no setor na América Latina.
No caso da Genial Care, além de atender diretamente crianças e famílias, a empresa investe na formação de profissionais através da Genial Care Academy, um núcleo interno de capacitação que posiciona a healthtech como referência.
“O objetivo da GCA é criar uma rede de excelência clínica para TEA. Treinamos supervisores, coordenadores e terapeutas aplicadores, garantindo que todos estejam preparados para oferecer intervenções de qualidade. Queremos tornar nossos programas acessíveis para outros profissionais do mercado no futuro”, afirma a Vice-Presidente de Treinamento e Desenvolvimento da Genial Care, Antonia Mendes.
Esse modelo de atuação é fundamental em um mercado que ainda sofre com a falta de mão de obra qualificada, especialmente em regiões periféricas do país. “O impacto de um terapeuta bem formado vai além do atendimento clínico; ele transforma a vida da criança e de sua família, contribuindo para que ela atinja seu máximo potencial”, destaca Antonia.
Terapias lúdicas: impacto no desenvolvimento infantil
Brincar é universal, mas para crianças com TEA, vai além do entretenimento: é uma ferramenta essencial de desenvolvimento emocional e social. De acordo com Thalita Sanchez, terapeuta ocupacional da Genial Care, “o brincar pode ser um divisor de águas no progresso da criança com autismo, ampliando suas habilidades de comunicação e interação de maneira inclusiva e prazerosa.”.
Um estudo da Universidade do Norte do Texas aponta que a terapia lúdica melhora aspectos comportamentais, sociais e emocionais em crianças com autismo. Essa abordagem, que segue o interesse da criança, tem se mostrado eficaz na redução de sintomas como dificuldades de atenção e problemas de comportamento, além de promover empatia e habilidades sociais.
Também são fundamentais para o desenvolvimento da linguagem, com atividades de faz de conta, histórias ou músicas interativas, que promovem a expressão verbal e não verbal. Além disso, ajudam na regulação emocional, utilizando recursos sensoriais como massas de modelar ou brinquedos de diferentes texturas, auxiliando no manejo da ansiedade e na redução da sobrecarga sensorial.
“Cada criança é única, e é muito importante respeitar os limites e as experiências de cada uma. É fundamental considerar os gostos e escolhas dela na hora de decidir quais atividades realizar. Além disso, o ideal é planejar qualquer uma das atividades com antecedência, oferecendo previsibilidade para a criança, usando por exemplo imagens relacionadas à atividade e reforçando o quanto será divertida a experiência”, conclui Thalita Sanchez.
O tratamento do TEA, geralmente, é estruturado por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais que atuam de maneira integrada para atender às diversas necessidades da criança:
- Fonoaudiólogos: trabalham na comunicação e na compreensão de linguagem.
- Terapeutas ocupacionais: focam no desenvolvimento motor, habilidades sensoriais e independência nas tarefas diárias.
- Psicólogos: ajudam na regulação emocional e desenvolvimento social.
- Educadores: planejam estratégias pedagógicas personalizadas.
- Médicos e nutricionistas: monitoram o bem-estar físico e auxiliam em questões alimentares e de saúde.
“Nas sessões terapêuticas, as brincadeiras lúdicas são adaptadas às necessidades específicas de cada criança. Brinquedos sensoriais e jogos colaborativos são frequentemente utilizados para abordar questões como sensibilidade sensorial ou dificuldades de contato visual.”, detalha a profissional.
Essa abordagem não se limita ao ambiente clínico e pode ser estendida ao lar, onde os pais são orientados a aplicar estímulos no dia a dia, como em rotinas de autocuidado e atividades educativas.
“A combinação entre brincadeiras lúdicas e terapia multidisciplinar torna as intervenções mais envolventes e eficazes. As crianças se sentem motivadas a participar e aprender, enquanto as atividades são personalizadas para atender às suas necessidades específicas. Essa abordagem holística, que integra aspectos sociais, emocionais e físicos, promove um desenvolvimento completo, ajudando cada criança a alcançar o seu máximo potencial.” finaliza.
Com iniciativas como a Genial Care Academy, a healthtech não apenas atende a uma demanda crescente, mas também lidera uma mudança estrutural no mercado, garantindo que o autismo seja tratado com a atenção e o cuidado que merece.
foto: divulgação