O ano de 2024 tem sido atípico quando o assunto é queimadas no Brasil. “Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década

Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que a quantidade de focos não extrapole as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 registros”, diz reportagem da Agência Brasil.

Com tantos focos de incêndio, o ar poluído, cheio de partículas prejudiciais à saúde, tomou conta de milhares de municípios em várias regiões brasileiras. O cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha explica os efeitos dos poluentes na saúde vascular das pessoas.

“Em áreas onde a poluição está mais concentrada, há um aumento nos casos de arritmias, hipertensão arterial e aterosclerose. Também verifica-se um crescimento na incidência de paradas cardíacas e acidentes vasculares cerebrais”, explica Fábio Rocha.

O médico alerta ainda que quando as partículas de poluição entram em contato com o sistema respiratório da pessoa, elas também podem entrar na corrente sanguínea, o que pode causar inflamações severas em órgãos vitais, como o coração e o cérebro, além de afetarem os vasos sanguíneos.

Principais poluentes atmosféricos que representam risco para o sistema vascular

A poluição atmosférica vem de fontes como emissão de gases dos veículos automotores, indústrias, queima de biomassa, entre outras.

“O material particulado pode também se formar na atmosfera a partir de gases como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são emitidos principalmente em atividades de combustão, transformando-se em partículas como resultado de reações químicas no ar”, diz a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

“Quanto menores são as partículas jogadas na atmosfera, maiores são os impactos para a saúde”, alerta Fábio Rocha.

Poluição e doenças vasculares

Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto estão entre alguns dos problemas causados pelo efeito negativo da poluição na saúde vascular das pessoas. É isso o que diz uma pesquisa divulgada pela Universidade King’s College, de Londres, na Inglaterra.

No ar existem poluentes sólidos, líquidos e gasosos. “Quando a pessoa fica exposta a curto prazo à poluição atmosférica, isso pode causar hipertensão, AVC e infarto, por exemplo. Já a longo prazo, também existe o risco de pressão alta e infarto, mas o risco de desenvolver aterosclerose, insuficiência cardíaca e arritmias é maximizado”, explica Fábio Rocha.

Acredita-se que a poluição do ar pode influenciar no risco da formação de coágulos sanguíneos. Contudo, isso ainda não foi demonstrado por metodologia científica, porém já temos muitos estudos com relação à fumaça de cigarro. Existe sim, um aumento significativo no risco de trombose em pacientes tabagistas”, conta o médico.

Como proteger a saúde vascular dos efeitos da poluição?

Fábio Rocha alerta que quando se trata de fumante, deve-se interromper o tabagismo.

Já em relação à poluição, causada por queimadas, por exemplo, ele explica que é muito importante sair deste ambiente altamente poluído, porém nem sempre isso é possível. Então, algumas dicas são:

  • Evitar locais com queimadas;
  • Evitar a prática de atividade física em ambiente externo em dias com baixa umidade do ar e em dias de muita suspensão de partículas no ar;
  • Se necessário, utilizar máscaras faciais;
  • ⁠Boa hidratação ( beba muita água).

Doutor Fábio Rocha

O cirurgião vascular Fábio Rocha oferece um atendimento humanizado, eficaz e altamente especializado.

Ele se formou em Medicina, em 2002, na USP (Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto) e, posteriormente, fez a residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em 2005, ingressou na especialidade que exerce até hoje: Angiologia e Cirurgia Vascular.

Após o término da especialização, em 2009, quando já atuava como cirurgião vascular em Ribeirão Preto, desenvolveu um modelo experimental inédito de “Aneurisma de Aorta Abdominal” e recebeu um importante reconhecimento durante o “Congresso Brasileiro de Angiologia e Cirurgia Vascular”. Junto ao Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, conquistou o primeiro lugar na principal categoria de trabalhos apresentados.

Desde 2018, desenvolve um trabalho de extrema importância junto ao SUS em diversas cidades do estado de São Paulo. Esse projeto transforma vidas, devolvendo a saúde, a dignidade e a qualidade de vida a inúmeros pacientes. Bastante reconhecida no meio médico, essa iniciativa vem ganhando cada dia mais visibilidade e já vem sendo realizada em outros estados do Brasil.

fotos: divulgação

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