Em época de Copa do Mundo, o amor à pátria dá sinais de sobrevivência, porém, esse sentimento tem data certa para acabar (15 de julho se a seleção chegar à final)

Voltando à realidade da crise que assola o Brasil e até ofuscou o tão costumeiro entusiasmo pelo futebol, a verdade é que cresce a cada dia a procura por informações sobre processos para aquisição de vistos, especialmente para os Estados Unidos, que até está estudando a possibilidade de aumentar a taxa de investimento do EB-5 (hoje a partir de US$500 mil) para limitar um pouco a ida de imigrantes para lá. Os brasileiros ocupam o 3º lugar na obtenção desse tipo de visto.

Mas qual o perfil de quem quer ir embora do país? Geralmente, casal com dois filhos, faixa etária entre 30 e 55 anos, com uma condição financeira já estabilizada, mas que não encontra no Brasil perspectivas de melhoras nas condições básicas, como segurança e educação e – com isso – sem um futuro promissor para os filhos.

“Mas estamos deixando ir também muitos talentos, como pesquisadores, médicos e engenheiros em início de carreira que não enxergam possibilidades aqui”, acrescenta Daniel Rosenthal, diretor da InvestUSA360, plataforma que oferece todas as informações e serviços para quem pretende se mudar ou investir em imóveis nos Estados Unidos.

Só em 2017, foi registrada quase 22 mil declarações de saídas definitivas do país. Nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 400% no número de brasileiros que querem imigrar. Os dados são da Receita Federal.A Comunicação de Saída Definitiva do País é obrigatória.

A saída de brasileiros qualificados é crescente. O diretor do InvestUSA360 conta que muitos executivos estão abandonando as empresas na qual trabalham para empreender em um negócio próprio nos Estados Unidos ou investindo em projetos aplicando para o visto EB-5 que possibilita a aquisição do Green Card e posteriormente até a cidadania americana.

Pesquisa realizada em maio pelo Datafolha mostra que 56% dos entrevistados, com ensino superior completo gostariam de deixar o país. A faixa etária entre 35 e 44 anos correspondem a 44% do desejo de mudança. Estados Unidos permanecem sendo o país escolhido para imigração, com 14% da preferência, seguido de Portugal com 8%. A maioria é da classe A/B. Foram ouvidas 2.099 pessoas na pesquisa.

“O que ouço das pessoas que querem ir embora não é apenas a insatisfação política econômica, mas também sobre a injustiça com o brasileiro que empreende e não vê retorno do Estado. O American Dream, geralmente forte na adolescência por causa da Disney e intercâmbio, conquistou o público adulto com seus MBAs, e agora chega para levar as famílias estabelecidas, que buscam um futuro mais promissor”, conclui Rosenthal.

Sobre Daniel Rosenthal – Empreendedor do segmento imobiliário internacional, Daniel Rosenthal ficou conhecido pela Investir USA Expo, voltado para imóveis no exterior, o maior evento do segmento no Brasil. Atualmente, o empresário é diretor da InvestUSA360, plataforma que reúne especialistas internacionais parceiros nas áreas de imigração, imóveis, investimentos, câmbio, financiamento, impostos e gerenciamento de propriedades, para responder dúvidas e prosseguir com os diferentes processos relacionados a morar ou investir nos EUA. Também é o criador da plataforma Corretor Global e Diretor da Casabranca Negócios Imobiliários.

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