Junho traz consigo uma data que celebra o amor. Aproveite-a.

O dia dos namorados está batendo a porta, a data que exaltamos a importancia da pessoa em nossas vidas. Todos os dias o amor deve ser celebrado – e em junho possui uma data especial para isso. No dia 12 do sexto do ano é celebrado como o Dia dos Namorados ou o Dia do Amor. E você, está pronto para celebrar essa data – e todos os outros dias do ano, – com amor?

Segundo João Alexandre Borba, psicólogo e coach, o amor é a motivação mais forte que existe para qualquer pessoa, e é por isso que muitos dizem que “o amor cura”, afinal, quando uma pessoa está doente, mas sente-se motivada a continuar a viver – seja por amor a outro ente querido, por algum animal de estimação, por si mesma, pela vida, etc., – o período de tratamento torna-se menos doloroso e mais motivador.

Mas não é só durante momentos difíceis que o amor deve ser lembrado. “O ser humano tem a péssima mania de só dar valor às coisas e sentimentos quando se sente ameaçado, quando sente que está prestes a perder aquilo que ama – e essa é uma atitude que só lhe faz mal”, comenta o psicólogo. E por que isso acontece?

Porque amar – e admitir, assumir esse amor, – nem sempre é fácil. “Nascemos em uma época na qual não se pode falhar em nenhuma área, não se tolera mais o erro – e pensar em falhar no amor também assusta muitas pessoas. Apesar de saberem o bem que esse sentimento pode trazer para sua vida, muitos o evitam, por medo dos possíveis riscos que possam correr: mas para que viver sem se entregar?”, questiona Borba.

Porém, algo que nem sempre é dito é que: para manter um relacionamento, “somente” o amor não é o suficiente. “Você pode amar alguém de forma incondicional, acima de tudo, etc. Mas, ao mesmo tempo, é necessário que haja um conjunto saudável de condições para que o relacionamento persista e seja benéfico para ambas as partes envolvidas – senão, a relação pode ser um tiro no pé para os dois ”, comenta o coach.

Algo muito comum observado pelo psicólogo envolve casais que se amam, mas que possuem objetivos diferentes de vida. “Um deseja ter filhos, outro não; um deseja casar, outro não; um gosta de fazer viagens ‘aventureiras, outro gosta de luxo, etc. E por aí vai”, exemplifica. Essas questões no início do namoro podem parecer de pouca importância, mas, a partir do momento em que se assume um relacionamento mais longo com a pessoa, é preciso sentar e alinhar os objetivos e expectativas que cada um possui com o relacionamento – e isso pode ser complicado para algumas pessoas. “Expor o sentimento dessa forma tão aberta e correr riscos de não ser correspondido não é fácil para o ser humano. As pessoas, em geral, não foram condicionadas à se abrirem dessa forma. Desde cedo temos nossos sentimentos reprimidos – que mãe nunca disse ‘segura o choro!’ para seu filho?”, diz Borba.

Nessas horas o auxílio de um profissional pode ser importante. “Uma terapia de casal, por exemplo, pode ser de grande proveito para casais que passam por crises de alinhamento. Durante as sessões é possível conversar e expor o que sentem – e contar com a visão de uma pessoa de fora, que estudou para isso”, comenta.

Porém, Borba lembra que independente da forma de amor, ele deve sempre ser saudável para as pessoas envolvidas, prezando pelo respeito, honestidade e carinho. “Tudo o que é demais se torna um problema – e com o amor não é diferente. É preciso amar de maneira saudável, que não prejudique a vida de quem ama – e de quem é amado. Depois disso é só se jogar – afinal, não existe sentimento mais gosto, prazeroso e motivador do que o amor verdadeiro”, conclui o psicólogo.

Serviço: João Alexandre Borba

Master Coach Trainer e Psicólogo

joao.alexandre@live.com

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