Médica do Hospital Paulista explica quais são os riscos e qual a melhor forma de cessar esse tipo de incômodo, sem causar danos à saúde

A vontade que dá, convenhamos, é incontrolável, muito difícil de resistir. Afinal, coçar (ou mesmo cutucar) o ouvido é uma reação natural a algo que está nos incomodando, lá dentro do canal auditivo. É assim, aliás, com todo tipo de prurido que sentimos pelo corpo. Imediatamente nós queremos cessar a aflição que sentimos, num ato-reflexo, quase sempre impensado.

O problema, nesse caso, é que, por se tratar de uma cavidade muito estreita, profunda e de acesso bastante limitado, a gente costuma recorrer a instrumentos nada recomendáveis para alcançar esse “objetivo”. E aí, justamente, é que acontecem boa parte dos casos envolvendo danos no aparelho auditivo, conforme explica a Dra. Bruna Assis, otorrinolaringologista do Hospital Paulista – referência em saúde de ouvido, nariz e garganta.

“O uso de objetos perfurantes/pontiagudos são sempre um risco para a saúde do ouvido, pois podem causar traumas locais, sangramentos e infeções, além da impactação e obstrução da orelha externa por cerume”, alerta a médica.

A maior preocupação, segundo ela, é com possíveis perfurações da membrana timpânica – ou seja, da estrutura que transmite o som do ar e, consequentemente, nos faz escutar. “Dependendo da gravidade, o paciente pode necessitar de intervenções cirúrgicas ou, até mesmo, ter perdas auditivas permanentes.”

Nem mesmo com o dedo!

A médica destaca que até mesmo o manuseio com o dedo pode representar sérios riscos. Isso porque o vácuo eventualmente produzido pode provocar impactos no interior do ouvido.

“Tudo que pode gerar vácuo em nosso conduto auditivo externo aumenta o risco de lesões e lacerações de membrana timpânica, pois é uma película fina e muito sensível. Além disso, a realização desse ato pode causar dor ao paciente, sensação de ouvido tampado e até sangramentos, o que demandaria atendimento otorrinolaringológico imediato para reduzir danos e complicações posteriores.”

Por que coça tanto?

Embora considere algo comum e natural sentir coceira no ouvido, a Dra. Bruna explica que é preciso ficar atento à recorrência desses episódios. “Essa coceira esporádica que algumas vezes sentimos é normal e, geralmente, advém do excesso de cerume ou até mesmo a escassez dele, o que leva a um certo ressecamento local e pode ocasionar prurido leve.

Já a coceira em excesso, esta pode sim indicar problemas mais significativos, até mesmo doenças, como infecções bacterianas ou fúngicas, além de alergias ou dermatites locais. Nesse caso, é necessário avaliação e tratamento médico para melhora”, recomenda a especialista.

Qual a melhor forma?

Caso você comece a sentir coceira no ouvido, a otorrinolaringologista orienta, em um primeiro momento, fazer a utilização de um tecido macio para acessar o local que incomoda.

“O ideal é que, sutilmente, o paciente faça movimentos circulares ao redor do conduto auditivo. O uso de óleos hidratantes em pequena quantidade também podem gerar um certo conforto local até que se inicie o melhor tratamento”, diz a médica, reforçando a orientação de que, caso o problema persista, é essencial a avaliação do especialista.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.

foto: divulgação

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