No dia 25 de maio é comemorado o Dia Internacional da Tireoide e o Hospital Erasto Gaertner (HEG), sempre empenhado em orientar a população sobre o câncer, alerta sobre a prevenção, o tratamento e o diagnóstico da doença
O câncer da tireoide representa hoje 2% dos casos registrados pelo HEG. Está entre os tumores com melhor sucesso de tratamento e altos índices de cura, principalmente quando diagnosticado de forma precoce. Aproximadamente 10% da população adulta têm nódulos tireoideanos, mas, desse número, cerca de 90% são benignos. A incidência da doença aumentou em 10% na última década, porém, a mortalidade diminuiu. A faixa etária de mais risco é entre 25 e 65 anos.
“É preciso estar atento às alterações que possam ser detectadas na tireoide, mas é importante também que o paciente não entre em pânico, caso um nódulo seja descoberto. Eles crescerão habitualmente nas pessoas, principalmente nas mulheres, com prevalência três vezes maior do que no homem, mas, no geral, em torno de 10% somente serão malignos”, explica o médico Gyl Henrique A. Ramos, chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Erasto Gaertner.
A glândula da tireóide tem formato semelhante ao de uma borboleta e está localizada na região do pescoço. É responsável por produzir os chamados hormônios T3 e T4, fundamentais para a manutenção de todas as funções do organismo. Os hormônios produzidos pela tireoide regulam desde as mínimas funções cerebrais até aquelas relacionadas ao intestino e ao aparelho genital.
“A partir da detecção de qualquer anormalidade na tireoide é necessário que se investigue o caso como um todo, o que a alteração vai provocar no paciente, como ficará a produção dos hormônios, entre outros fatores”, orienta o oncologista.
Quando se preocupar?
A presença de um nódulo na região do pescoço, normalmente não significa presença de um câncer. Porém, o nódulo tireoidiano em pacientes com história de irradiação prévia no pescoço ou história familiar de câncer da tireoide, é mais suspeito. Da mesma forma, a presença de nódulo tireoidiano, associado à presença de gânglios linfáticos aumentados no pescoço e/ou ao sintoma de rouquidão, pode ser indicação de um tumor maligno na tireoide.
A maior parte dos pacientes visita seu clínico geral com um nódulo no pescoço ou porque o bócio que tinha há vários anos começou a crescer rapidamente. O diagnóstico de câncer pode ser feito no hospital pela punção com uma agulha fina ou pela cirurgia posterior.
Tratamento
O tratamento do câncer da tireoide é cirúrgico através da tireoidectomia total ou parcial. Em casos de tumores que apresentem disseminação para gânglios linfáticos cervicais, o tratamento do tumor primário deve ser associado à retirada dos gânglios linfáticos relacionados. A complementação terapêutica com o iodo radioativo deve ser sempre utilizada em pacientes com tumores considerados de alto risco e submetidos a tireoidectomia total.
Serviço:
Hospital Erasto Gaertner
R: Dr. Ovande do Amaral, 201 – Jardim das Américas – Curitiba/PR
Telefone: (41) 3361-5000